quarta-feira, 30 de novembro de 2011

COM A QUIMICA NO CHÃO

Ops! Antes que você confunda "adipato de dioctila" com "a do pato do dia", é bom ressaltar que a Química, base de inúmeras atividades, está presente em lugares que poucos imaginariam – inclusive no chão nosso de cada dia. Hoje, querendo ou não querendo, pisar na Química virou praticamente uma necessidade. Em casa, no escritório e até mesmo na rua, lá está a Química, aos nossos pés, oferecendo proteção, beleza e segurança.
Olhe para o chão. O piso é acarpetado? Então, muito provavelmente, você está pisando em náilon, que tem como matérias-primas para sua produção a adiponitrila ou a caprolactama, que apesar do nome, sempre é bom ressaltar, não tem nada a ver com leite de cabra. De volta ao chão, ou melhor, ao carpete, que também pode ter sido fabricado com polipropileno, outra das fibras sintéticas desenvolvidas pela petroquímica. Ah! Você prefere assoalhos? Pois saiba que sem as resinas termofixas fornecidas pela Química para a produção, por exemplo, do verniz, esse brilho que o orgulha jamais seria obtido. Agora, se no local onde você está o piso é plástico, é quase certo que debaixo dos seus pés está o poli (cloreto de vinila), também conhecido como PVC.
Vamos caminhar um pouco mais. Você já parou para pensar que, sem o auxílio da Química, muitas disputas esportivas teriam de ser adiadas? É isso mesmo. Em muitas quadras e campos, lá está a Química, coladinha no chão, numa imitação quase perfeita da natureza. Correto: os gramados sintéticos, produzidos em polietileno ou polipropileno, são mais uma das aplicações práticas da Química.
Há outras ocasiões, porém, em que não é tão fácil reconhecer a presença da Química. Quem teve a oportunidade de viajar pela Linha Verde, que margeia o litoral sul da Bahia, certamente nem desconfiou que um tipo muito comum de plástico, o poliestireno expandido, está embaixo do asfalto, sustentando vários trechos da estrada. Brincadeira? Claro que não. O emprego de poliestireno expandido na construção de estradas é uma técnica relativamente recente que apresenta várias vantagens. Entre elas, o menor desgaste do asfalto. E por falar em estrada, olhe só quem está bem no meio da pista, sinalizando para você: é isso mesmo, a nossa incansável amiga, a Química, mostrando as curvas, indicando a direção e os pontos de ultrapassagem, por meio dos pigmentos e solventes que compõem a tinta branca ou amarela das faixas. É, como você já percebeu, é muito bom ter a Química como companheira, inclusive no chão.
ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A QUIMICA DOS BITES

Insira o policarbonato no drive de CD-ROM. Tecle o comando de ABS. Aguarde longos nanosegundos enquanto a mensagem percorre circuitos e chips de sílica tratada quimicamente. Pronto. Na tela do monitor, protegido pelo gabinete fabricado com resinas termoplásticas e pelo vidro cuja transparência foi obtida com a participação do hidróxido de cério, surge a informação que você buscava. Dados checados, alterações realizadas, é hora de imprimir o trabalho. Um novo toque no ABS e entram em ação os corantes, nitratos, solventes e o pentanodiol, que constituem a tinta da impressora, normalmente envasada em um tubo de polipropileno ou de polietileno de alta densidade. Aos poucos, no papel fabricado com celulose branqueada pela ação do peróxido de hidrogênio e compostos de cloro, toma forma o resultado dessa ação, cada vez mais comum em escritórios e residências.
Embora a linguagem da informática seja outra, muitas das operações realizadas com o auxílio dos microcomputadores poderiam ser descritas dessa forma. Os produtos químicos são fundamentais para a informática. A começar pelo fato de que, sem eles, muito provavelmente os computadores domésticos ainda estariam no terreno da ficção científica. Entre outros fatores, foram produtos desenvolvidos pela Química que possibilitaram a fabricação dos microcomputadores, tornando-os acessíveis a um maior número de consumidores.
É compreensível que, para os usuários da informática, assim como para a maioria dos consumidores, a tecnologia química não seja tão visível. No entanto, não é difícil perceber como os recursos da Química têm impulsionado conquistas da vida moderna. Basta, por exemplo, perguntar com que material seriam fabricados os disquetes se não existissem as resinas termoplásticas. Ou saber que o tonner utilizado nas modernas impressoras a laser é um composto de copolímero estireno acrilato, negro-de-fumo, polipropileno e óxido de ferro. Há muitas outras "mágicas" da informática que seriam apenas ilusões sem a Química. O scanner, por exemplo, capaz de capturar imagens, digitalizá-las e permitir que elas sejam armazenadas na memória do computador é, basicamente, um produto plástico. No casulo do mouse há uma esfera, perfeita, produzida com borracha sintética. Como se vê, a presença da Química, ainda que velada, é essencial para facilitar o dia-a-dia das pessoas, inclusive no campo da informática.
ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A química no escritório

A todos os alunos do CEMD que estão enfrentando o vestibular da UFS desejo um bom êxito.
Sentado sobre o produto de uma reação de poliol com diisocianato de tolueno, revestida por um tecido de poliéster tingido com antraquinona, uma pessoa comum dificilmente notaria o quanto a Química está presente em seu redor. Imaginar que o conforto da espuma do assento e que a beleza da cor de seu revestimento sejam conseqüências de processos químicos é uma atitude ainda muito distante da maioria das pessoas. Quando se fala em Química, as imagens que vêm à mente são de altíssimas torres de aço, laboratório produzindo líquidos esquisitos, nomes estranhos e substâncias perigosas.
Mas no dia-a-dia de um escritório, por exemplo, a Química está em quase todos objetos contidos entre as paredes. A começar por elas mesmo, que muito provavelmente são revestidas com tinta látex. Formulada a partir do poli (acetato de vinila), o PVA, a tinta mais consumida na decoração de interiores contém outros importantes ingredientes químicos, como os pigmentos que garantem o tom colorido e as substâncias adesivas para a sua fixação.
O papel, que, aos poucos, vai sendo substituído pelo computador (que, por sua vez, é 80% química e 20% metal), deriva da pasta de celulose, adicionada ao silicato de sódio e tratada com ácido fumárico, produto do anidrido maléico. Ela é alvejada com hipoclorito de cálcio ou clorato de sódio. O "toner" da copiadora, por sua vez, é negro-de- fumo e a caneta não passa de um tubo de pigmentos orgânicos envolvidos numa "casa" de poliestireno ou policloreto de vinila (PVC).
Já o porta-lápis é, geralmente, uma resina acrílica moldada, enquanto a mesa é de madeira revestida de terebintina, presente na fabricação dos vernizes, ou, quem sabe, revestida com um laminado melamínico. Os pés são de metal. Mas o metal foi fundido com o auxílio de resinas furânicas, para a fabricação dos moldes, polido com ácidos abrasivos e revestidos por uma camada protetora de níquel ou cromo, gerada por processo eletrolítico.
Pausa para o café - Para beber um cafezinho, é bom se certificar de que a água foi tratada com cloro ou oxigenação. O copinho é de poliestireno, de polipropileno ou outro plástico. Ao saborear o café, nada como apreciar a paisagem pelas janelas de vidro, cuja transparência foi obtida através do hidróxido de cério. Transparência que é mantida por meio de uma limpeza cotidiana usando-se detergentes compostos com ácidos graxos e cloro.
A lista é enorme: clips, fax, quadros, dutos de água, ar condicionado.... Talvez seja impossível identificar que parte do seu escritório pode dispensar a Química. E se você não costuma pensar nela enquanto trabalha, sorte do seu trabalho, porque a Química está sempre pensando em como lhe proporcionar um local seguro, confortável e produtivo para você trabalhar.
ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR.

domingo, 27 de novembro de 2011

MOMENTO DESCONTRAÍDO XX

Acaliptos é mole, kkk...
Discutindo a relação, kkk...

Bicicleta arretada sô, kkk...

Mas que ideia, kkk...

Que capacete você usaria? kkk...
Corretivo em tela, kkk...

Vai curar assim na China, kkk...

Que nome heim kkk...

Escada da casa de Nerds, kkk...

Cuidado com seus pedidos, kkk...

Essa pedra não falha, kkk...

Pneu apaixonado, kkk...

Em um cenário desses...

Chama isso de promoção, kkk...

Vamos reaproveitar a água... boa ideia, kkk...

BOM INÍCIO DE SEMANA A TODOS...

ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR.

sábado, 26 de novembro de 2011

MOMENTO DESCONTRAÍDO XIX

Faltou a aula de plural heim, kkk...

Essas bolhas denunciam vem gases por aí, kkk...

Cadê o M??? kkk...

Isso é uma funerária arretada, kkk...

Aceita um churrasquinho de gato ai??? kkk...

Êita português arretado sô, kkk...

Maça ou Massa, kkk...

Pastelaria Cinematográfica, kkk...

Vixe maria quanto erro, kkk...

Broibido essa é boa, kkk...

Que honestidade, kkk...

Você consegue contar quantos erros, kkk...

Marquete essa é boa, mostra a qualidade dos projetos, kkk...

Aeroporto dos sonhos de criança, kkk...

BOM FINAL DE SEMANA A TODOS...

ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A QUÍMICA NO AUTOMÓVEL

Ao acionar a chave do seu carro, confortavelmente sentado no banco de poliuretano expandido, que foi recoberto por um bonito e resistente tecido de poliéster, você está colocando em movimento o resultado de anos e anos de pesquisa tecnológica, e que tem na Química uma das principais razões do seu sucesso.
Aminas poliméricas, polialquileno, glicol e éster de poliolefina, adicionados à gasolina, limpam o carburador ou os bicos injetores e inibem a corrosão. Motor ligado, é só partir para mais um dia de trabalho ou de lazer. Talvez seja difícil perceber que o rodar macio do seu carro é garantido pelo estireno e o butadieno, utilizados na fabricação de pneus. Ops... uma poça de água suja! Não se preocupe. Seu carro recebeu um tratamento anticorrosão com produtos químicos para evitar o surgimento de pontos de ferrugem que poderiam estragar a bonita cor do seu carro, obtida, aliás, graças aos pigmentos e solventes que entram na formulação de tintas utilizadas pelas montadoras. Você está com razão: é preciso cuidar melhor do meio ambiente. Seu carro, por exemplo, está equipado com catalisadores químicos que reduzem a emissão dos poluentes pela combustão.
Cuidado, o semáforo fechou. A parada é garantida pelo fluído de freio, um composto químico que tem entre seus componentes poliglicois boratados e aditivos. É ele que aciona hidraulicamente os componentes do sistema de frenagem. Sem ele, seria metal contra metal. Dá para imaginar o barulho e o desgaste? Relaxe. Talvez seja melhor ligar o rádio, devidamente fixado no painel pré-moldado em poliuretano revestido em ABS, polipropileno ou outro dos inúmeros polímeros desenvolvidos pela Química. Você nem desconfia, mas no próprio motor do seu carro há peças de origem química, como engrenagens de poliamida (o popular náilon), produto também empregado nos recipientes e dutos para arrefecimento do motor. E por falar em refrigeração, você já se perguntou como, mesmo com o trânsito parado e o calor intenso, o motor não esquenta demais? É um produto químico, o polipropilenoglicol, adicionado à água do radiador que evita esse transtorno. Sem ele, muito possivelmente ainda estaríamos vivenciando cenas que hoje só lembramos ao assistir antigos filmes do gênero pastelão: o radiador fervendo e o motorista correndo em volta do carro sem saber o que fazer.
A Química embarcada em um veículo realmente impressiona. O tanque de combustível, antes feito em aço, é moldado em polietileno de alta densidade, o que o tornou mais seguro, mais leve e eliminou o risco de corrosão. Os pára-choques podem ser feitos em polipropileno. Lanternas, graxas, mangueiras de combustível, borrachas, bateria, bancos, forração do teto, carpetes e tapetes, vidros laminados, console, molduras e puxadores das portas, adesivos, air-bags... a lista é enorme e seria ainda maior com a inclusão de outros produtos químicos que também podem ser utilizados na fabricação desses componentes e peças.
A indústria automobilística utiliza, cada vez mais, produtos de origem química na substituição de outros materiais. Com isso consegue peças mais resistentes, mais leves e duráveis, o que representa economia para você. A participação de produtos químicos na montagem de um veículo cresceu tanto e abriu tantas possibilidades que já há projetos para a construção de carros quase que totalmente recicláveis. Como você pode ver, o automóvel, um dos maiores símbolos da sociedade moderna, está cada vez mais leve, mais econômico, mais bonito, mais seguro — e cada vez mais químico.

BOM FINAL DE SEMANA A TODOS...

ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A roupa da Química

A ROUPA DA QUÍMICA


Não se assuste. Mas é bom que você saiba que sua roupa está impregnada de petróleo. E também que há uma série de produtos químicos cobrindo o seu corpo. Calma. A não ser que você seja uma pessoa extremamente radical e se vista apenas com produtos naturais, como folhas e penas (vestimenta que, convenhamos, pode até lhe cair muito bem, mas só no carnaval), é natural, com a licença do poeta, que seja assim. Mesmo porque dificilmente haveria penas e folhas para vestir todo o mundo.
Vamos estabelecer o fio dessa história. Com a nafta, extraída do petróleo ou do gás natural, as indústrias petroquímicas geram diversos produtos como o etilenoglicol, o ácido tereftálico, o dimetil tereftalato, a acrilonitrila, a adiponitrila e a caprolactama. São esses produtos com nomes difíceis de pronunciar que vão dar origem aos fios e fibras de poliéster, à poliamida - mais conhecida como náilon, à fibra acrílica e ao elastano. Essas fibras, por sua vez, misturadas ou não a fibras naturais como o algodão e a lã, vão permitir a produção de tecidos mais resistentes, mais elásticos, com melhor caimento e com melhor estabilidade de forma.
A produção de fibras sintéticas é relativamente recente mas gerou uma verdadeira revolução no modo do homem se vestir. As meias femininas, por exemplo, que moldam e protegem as pernas, com a vantagem de não escondê-las e torná-las mais insinuantes, são fabricadas com fibras sintéticas. A maciez ao toque das peças de lingerie é garantida pelas fibras sintéticas. Repare nas roupas utilizadas na ginástica aeróbica: elas "colam" no corpo, mas o tecido é resistente e ao mesmo tempo elástico, dando liberdade de movimentos ao atleta. Essas qualidades são proporcionadas pelas fibras sintéticas.
Mas não é só em sua roupa que você se deparará com as fibras sintéticas e artificiais. Elas também estão presentes nos sofás, nos carpetes e tapetes, em autopeças, nos lençóis, nas toalhas de mesa, nos pneus e nos estofamentos de automóveis, na pelúcia, nas cortinas e em muitos outros itens. E tudo isso tem origem na Química. Que, aliás, também fornece os corantes e pigmentos que dão cores alegres, brilhantes, opacas ou neutras aos fios e fibras que criam a moda. Da próxima vez, portanto, não se espante quando alguém lembrá-lo de que há petróleo em sua roupa. É natural que seja assim.
ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

A QUÍMICA QUE LAVA ROUPA SUJA

Calma! Não é essa a "roupa suja" que você está pensando. A química, infelizmente, não pode ajudar nesses casos. Mas, quando se trata da prosaica roupa nossa de cada dia, tenha certeza, é a química que garante o seu retorno, limpa e cheirosa, para um novo uso. E ela não está presente apenas nos sabões em pó, alvejantes, amaciantes ou outros produtos utilizados em todos os lares na lavagem das roupas que nos ajudaram a ganhar mais um dia. A química, na verdade, participa de todo o processo, facilitando e tornando mais rápida essa tarefa tão importante e necessária.
Você imaginaria, por exemplo, que a máquina de lavar roupa é, em sua essência, um produto de origem química? Difícil, não? Pois é. Observe os diversos modelos de máquinas existentes no mercado. O plástico, de origem química, está presente em todas as versões. Em algumas, a tampa é produzida com polipropileno, ou simplesmente PP. Em outras, com copolímero à base de acrilonitrila, estireno e acrilato, ou ASA, um produto recentemente desenvolvido pela química. Na maioria, o cesto interno foi produzido em polipropileno, as engrenagens em poliacetal, os conectores elétricos com poli (tereftalato de butileno), ou PBT, e o dispenser (o recipiente onde se coloca o amaciante) em ABS (copolímero de acrilonitrila, butadieno e estireno). Os fios são revestidos por PVC. As mangueiras, na grande parte dos casos, também foram construídas com PVC e o náilon pode estar equipando sua máquina para reduzir ruídos. Há, ainda, as tintas e óleos lubrificantes utilizados nas máquinas de lavar, produtos também gerados pela química.
Você, muito provavelmente, já parou para pensar na evolução dessas verdadeiras auxiliares domésticas que são as máquinas de lavar roupa. Antes enormes e barulhentas, propensas com alguns anos de vida à oxidação e com reduzida capacidade, hoje são mais silenciosas, mais leves, mais compactas. Graças, é claro, à química, que desenvolveu produtos que revolucionaram processos e substituíram, com vantagens, outros materiais. Mas você tem razão: para que se preocupar com isso, justamente agora que sua esposa pode simplesmente apertar um botão para lavar aquele monte de roupa suja e dedicar todo o tempo a você? O melhor mesmo é aproveitar esses momentos preciosos e deixar a química fazer o resto. Afinal, ela está aí para isso mesmo: desenvolver novos materiais e produtos para melhorar a nossa vida. Portanto, relaxe.
ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Todo dia com a Química

MORANDO COM A QUÍMICA

O que aconteceria se, por um passe de mágica, a Química deixasse de ser utilizada na construção civil? O homem recuaria no tempo e voltaria a morar em cabanas de madeira ou em simples casas de argila. Luz e água quente, só a propiciada pelo sol ou por uma fogueira. Construção de edifícios, nem pensar. Delícias da vida moderna, como poder ligar o chuveiro, assistir à TV, ouvir uma boa música ou algo tão singelo como abrir uma torneira para lavar as mãos, simplesmente desapareceriam.
Embora você não perceba, a Química é uma companheira constante em sua casa ou apartamento. E está presente em todos os cômodos de sua residência. Olhe para as paredes. Você não a vê, mas com nomes como dióxido de titânio, poli (acetato de vinila), acetato de etila, acrilato de etila e lacas de nitrocelulose, entre muitos outros possíveis, ela está presente na formulação das tintas que revestem e dão aquele colorido repousante na sua casa.
Escondido nas paredes, o poli (cloreto de vinila), mais conhecido por sua sigla, PVC, conduz água e eletricidade para todos os pontos da sua casa com a vantagem de não ser atacado pela umidade, para desespero de encanadores e eletricistas. Aliás, os fios e cabos elétricos também são revestidos com PVC. Resinas fenólicas e o hexametilenotetramina estão na composição das tomadas feitas com baquelite. Resinas termoplásticas como o polietileno, polipropileno e o poliestireno também marcam presença na moldagem de interruptores, das tomadas e dos espelhos que dão aquele bonito acabamento à sua residência.
Há muitos outros produtos químicos utilizados, direta ou indiretamente, na construção civil. Torneiras, registros e maçanetas, por exemplo, só ganharam aquele bonito brilho após passarem por vários tratamentos químicos. Cianetos de sódio e de cobre, com barrilha ou soda cáustica, dentre outros, foram utilizados para proteger o metal contra a corrosão. Depois, sulfato e cloreto de níquel, junto com ácido bórico e aditivos, completaram o tratamento. O ácido crômico e o ácido sulfúrico deram brilho ao metal. E, se a sua torneira, maçaneta ou suportes têm aquele tom acobreado, saiba que ele foi obtido pela ação dos cianetos de cobre, de zinco e de sódio. A Química pode até ter nomes bastante complicados, mas de uma coisa é certa: ela não só está morando com você, como está presente em vários outros produtos e utensílios utilizados na decoração de sua casa e nas atividades do seu dia-a-dia. Mas essa é uma outra história. De toda forma, é sempre bom lembrar que, sem a Química, seria muito mais difícil chegar em casa, após um duro dia de trabalho, e exclamar: "lar, doce lar".
ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

UM BOM DIA COM A QUÍMICA

Bom dia. Hora de começar uma nova jornada. Nada como um lento espreguiçar, algumas flexões e uma ducha para ganhar energia. Antes de abrir o chuveiro, verifique se você não esqueceu o sal sódico de ácido graxo de palma. Sem ele, banho não é banho. Ah, está na saboneteira. Então não há problema. Sinta-o limpando os seus poros com uma espuma reconfortante. Ih!!! Mas a monoetanolamina de ácido graxo, o álcool cetílico e o pantenol estão no fim. Só dá para mais uma vez. Então, é bom não esquecer de incluir o xampu na lista de compras.
Enquanto você escova os dentes com sorbitol e carbonato de cálcio, pense como a Química está presente no seu dia-a-dia. Olhe os produtos que você e sua família usam na higiene pessoal. São tantos e tão variados que fica difícil relacioná-los. Além do sabonete, xampu e creme dental, há muitos outros que só puderam ser fabricados graças às descobertas da Química. Sem ela, atos tão rotineiros, prazerosos e fundamentais para a saúde, como tomar um banho e escovar os dentes, seriam verdadeiros sacrifícios. Imagine se em vez de uma escova com macias cerdas de náilon e cabo plástico colorido e anatômico, você contasse apenas com pó de pedras ou farpas de madeira para fazer sua higiene bucal. Como você convenceria as crianças sobre a importância do hábito de escovar os dentes após as refeições? É bom nem pensar...
Onde está o creme de barbear? Ou melhor, a mistura de ácido esteárico com trietanolamina. As crianças devem tê-lo colocado outra vez junto com o dodecanol de octila e com o vermelho ácido da sua esposa. Não, não está no meio dos batons. Talvez ao lado do óxido de ferro e do dióxido de titânio ou com o lauril éter sulfato de sódio. Não, entre o blush e o demaquilante ele também não está. Olhe! Lá está o seu creme de barbear, escondido atrás do propilenoglicol e do palmitato de cetila, junto com o pantenol e o hialuronato de sódio. Isso mesmo, atrás da base e do creme hidratante.
Pronto, barba feita, é hora da glicerina, do sulfato de zinco e do álcool, presentes na refrescante loção após barba. E, é claro, o álcool de lanolina acetilada, emoliente utilizado na formulação dos desodorantes. Como toque final, um pouquinho de sua tetrahidroxibenzofenona com álcoois e óleos essenciais. É, uma colônia suave ajuda a enfrentar um dia quente. E, por falar em dias de sol, não esqueça de se proteger com o P-metoxicinamato de etil-hexila. Presente em bloqueadores solares, esse princípio ativo é mais uma das descobertas da Química que ajuda o homem a viver melhor. Muito bom, você já está preparado para enfrentar mais um dia de trabalho. Não se preocupe, ao voltar para casa a Química estará novamente com você, ajudando-o a relaxar. Afinal, ela está tão presente no seu dia-a-dia que você nem nota a sua presença. A não ser, é claro, quando acaba o sal sódico de ácido graxo de palma, o álcool de lanolina acetilada, o pantenol....

BOM INÍCIO DE SEMANA A TODOS...

ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR.

sábado, 19 de novembro de 2011

Tem maluco prá tudo, kkk...
Esse salão não é de beleza e sim de milagres, kkk...

Nunca vi tantos erros juntos, kkk...

Taí Robinho no Real, kkk...

A paquera na net, kkk...

Cadê o U??? kkk...

Isso acontece em minha Cidade também, kkk...

Olha a oficina do Cara meu!!! kkk...

Isso é obra dos sonhos de quem rapaz???

Olha o português!!!

Festival de erros ortograficos...

Chega de tanto s, kkk...


BOM FINAL DE SEMANA A TODOS...

ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

APROFUNDANDO O CONHECIMENTO SOBRE ADOÇANTES

DOCE COMO O AÇUCAR



O açúcar que utilizamos em casa contém a sacarose: um dos vários compostos orgânicos de sabor doce, incolores, solúveis em água, encontrados na seiva de várias plantas (como a cana-de-açúcar) e no leite de mamíferos. O açúcar mais comum é justamente a sacarose, que, puro, é utilizado na indústria de alimentos e bebidas.

Os açúcares pertencem a uma classe de compostos orgânicos chamada carbohidratos

Glucose

frutose

Os carbohidratos são, provavelmente, os compostos orgânicos mais abundantes nos organismos vivos. Estruturalmente, podem ser vistos como aldeídos poli-hidroxilados ou cetonas polihidroxiladas; ou, ainda, compostos que, pela hidrólise, podem se transformar nestes. Eles podem sem divididos em quatro grandes grupos: monossacarídeos, dissacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos. Os monossacarídeos são os mais simples: apenas uma unidade de açúcar em cada molécula. A glucose, a frutose e a galactose são os monossacarídeos mais comuns, e possuem a mesma fórmula molecular: C6H12O6. A frutose e a glucose são encontradas em frutas e no mel e a galactose no leite dos mamíferos. Embora tenham a mesma fórmula molecular, estes compostos tem estruturas químicas diferentes, isto é, são isômeros. O sabor de cada um também é diferente. Sabe-se que o doce do açúcar depende grandemente da posição dos grupos -OH que compõe a estrutura molecular.

sacarose

Quando duas moléculas de um açúcar simples se unem elas formam um dissacarídeo. A sacarose, por exemplo, é um dissacarídeo formado por uma unidade de frutose e outra unidade de glucose. A energia contida nas ligações químicas na frutose, glucose ou sacarose é a resposável por suprir, na maioria dos seres vivos, a energia necessária para suas atividades.
Os monossacarídeos podem, também, se combinar e formar macromoléculas, com longas cadeias de unidades de frutose, glucose ou galactose repetidas. Estes são os polissacarídeos
: moléculas com mais de 10.000 unidades de açúcares. Mais de uma centena de espécies foram identificadas, mas as mais comuns são a celulose e o amido.



Os carbohidratos são muito importantes para os seres vivos. O mecanismo de armazenamento de energia, para quase todos os seres vivos de nosso planeta, baseia-se em carbohidratos ou lipídeos - os carbohidratos são uma fonte de energia imediata, enquanto que os lipídeos queimam em uma velocidade menor, servindo para longo prazo. O ciclo metabólico da glucose, por exemplo, é vital para os organismos vivos, tal como o homem: falhas neste ciclo acarretam vários males, tal como os desencadeados pela diabetes. Os seres ruminantes, tal como o boi, são capazes de converter os polissacarídeos como a celulose (indigesto para o homem) em açúcares menores e proteínas; e são justamente estes seres a maior fonte protéica para a humanidade. Vários antibióticos, tal como a streptomicina, são derivados de carbohidratos. O iogurte também deve sua existência aos carbohidratos: os lactobacilos (bactérias que habitam o leite) convertem o açúcar em ácido lático, gerando o iogurte.
A quantidade total de energia (ou, como a mídia normalmente chama, "caloria") requerida para um indivíduo depende da idade, ocupação e outros fatores, mas geralmente gira em torno de 2.000 a 4.000 calorias (uma caloria, por definição, é a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de 1,000 grama de água de 15o para 16o C). Um grama de carbohidrato produz cerca de 4 calorias, quando metabolizado, no homem. Para efeito de comparação, um grama de gordura produz cerca de 9 calorias e 1 grama de proteína produz também 4 calorias. Como são rapidamente metabolizados e altamente energéticos, os carbohidratos são, geralmente, os pratos principais dos atletas antes das competições.
Esta alta capacidade calórica pode ser, para alguns,
sacarina
 

um problema: muitas pessoas, por motivo de saúde ou estética, precisam evitar o consumo de açúcar. Um bolo amargo ou um refrigerante salgado não agradaria ninguém: é aí que entram os químicos e os adoçantes artificiais. O primeiro composto químicos a ser utilizado como um substitutivo da sacarose foi a sacarina (a imida do ácido orto-sulfobenzóico). Em 1879, os químicos Ira Remnsen e Constantin Fahlberg, investigavam a oxidação do o-toluenosulfonamida. Após uma tarde exaustiva de trabalho, foram para a lanchonete, onde perceberam que os seus lanches estavam estupidamente doces! Fahlberg lembrou que não havia lavado as mãos ao sair do laboratório; checando os produtos da reação, ele descobriu a sacarina, um composto orgânico cerca de 500 vezes mais doce que o açúcar. O composto parecia perfeito: muito solúvel em água e, pásmem!, não era metabolizado pelo organismo: amostras de urina revelaram que o composto saia intacto do organismo. Diabéticos e pessoas que não querem ganhar peso rapidamente adotaram a sacarina como adoçante. Hoje, vários produtos alimentícios "diet" utilizam a sacarina para dar o sabor doce, sem nenhum valor calórico. Embora alguns estudos tenham evidenciado o aumento de câncer no fígado e nos rins, em ratos, o consumo de sacarina foi aprovado e estimulado na grande maioria dos países.
Outros adoçantes artificias vieram logo em seguida. Um deles foi o ciclamato (ácido N-Ciclohexilsulfâmico) ou derivados,

clclamato

que são cerca de 30 vezes mais doces que a sacarose. São muito usados em bolos, doces, refrigerantes e como conservantes na indústria alimentícia. Foram descobertos em 1937, por Michael Sveda. Tal como a sacarina, não possuem valor calórico, pois não são metabolizados no organismo humano. Entretanto, algumas bactérias presentes no trato intestinal podem hidrolizar os ciclamatos para formar a ciclohexilamina, um potencial carcinogênico. Dois estudos científicos, feitos na década de 70, associaram a ingestão de ciclamatos com câncer nos rins em ratos. Embora seja proibido nos Estados Unidos, o ciclamato é utilizado em vários países, incluindo o Brasil.
Embora recente, o aspartame já é um dos adoçantes mais utilizados e mais polêmicos. Devido ao seu grande consumo, várias indústrias açucareiras espalharam na mídia e na internet uma boataria sobre "os grandes males" provocados pelo aspartame. Centenas de spams, via e-mail, chegam até hoje, à redação do QMCWEB, alertando para os "perigos" do aspartame. Na internet, milhares de sites dedicam-se exclusivamente a incentivar o boicote do aspartame. Sem nenhum fundamento científico, estes boatos visam denegrir a imagem deste adoçante que pode comprometer os lucros das usinas de açúcar.



aspartame

O aspartame, ou aspartilfenilalanina, foi descoberto em 1965. Ao contrário dos anteriores, o aspartame tem um certo valor (irrisório) calórico. Mas, como é cerca de 150 vezes mais doce do que a sacarose, a quantidade utilizada em um prato é muito pequena e, por consequência, não causa nenhuma contribuição nutricional. É, atualmente, o adoçante preferido pelos fabricantes de refrigerantes e outros produtos alimentícios. É totalmente contra-indicado aos que sofrem de uma doença rara: os fenilcetonúricos (por isso, na "Coca-Light", existe um aviso a respeito).
Cerveja... light ?!
Embora os refrigerantes possam ser fabricados com adoçantes artificiais não nutritivos, isto não pode ser feito com bebidas alcóolicas. No processo de fabricação, enzimas presente no fermento convertem a glucose em etanol e gás carbônico. Como os adoçantes artificiais não contém glucose, não podem substituir o açúcar nas bebidas alcóolicas. Neste caso, a melhor estratégia é beber algo bastante forte, onde a maioria da glucose já foi convertida para o etanol!



Mais recentemente, vários compostos foram adicionados à lista dos adoçantes artificiais. Entre estes, a Taumatina, uma proteína extraída da planta africana Thaumatococcus Danielli, que já utilizado no Japão desde 1979 (vide quadro acima). O acesulfame de potássio (vendido como Sunette) foi aprovado no EUA em 1988. A steviosida, derivada da planta Stevia Rebaudiana, foi usada no Japão e, hoje, está sendo utilizada em países da América do Sul, tal como no Brasil: é cerca de 300 vezes mais doce do que a sacarose. Em 1981, foi patenteado, nos EUA, a L-sacarose. Para olhos destreinados, a estrutura molecular da L-sacarose parece idêntica a da sacarose. Este composto, entretanto, é a imagem especular (um estereoisômero) da sacarose que utilizamos. Enquanto que esta é metabolizada pelo organismo, a L-sacarose, embora doce, é excretada intacta - não é reconhecida pelos sítios catalíticos metabólicos. O único problema é a fabricação: enquanto que a D-sacarose é facilmente extraída da cana-de-açúcar, a L-sacarose é sintética e o processo é caro e demorado.

A idéia é simples: conseguir o sabor doce sem a injeção calórica da sacarose e, principalmente, sem efeitos colaterais no organismo. Químicos do mundo inteiro continuam a busca por mais substâncias com estas propriedades: moléculas doces!

BOM FINAL DE SEMANA A TODOS;

ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR.
*, ou hidratos de carbono. O nome deriva da reação de fotossíntese que ocorre nas plantas, com a ação catalítica da clorofila: o dióxido de carbono se combina com a água e formam a glucose. As moléculas de glucose podem se combinar e formar outros dois componentes característicos das plantas: a sacarose, a celulose e o amido. As moléculas de celulose garantem a sustentação da planta, e as de amido servem como um armazenamento de alimento para servir à nova planta, durante o crescimento inicial.
Tanto a sacarose, amido ou celulose são vitais para as necessidades básicas do homem. O QMCWEB, por exemplo, é uma das poucas revistas que não utilizam celulose: todos os livros, jornais e revistas que lemos são impressas em papel - feito de celulose. O pão nosso de cada dia é feito com amido e adoçado com sacarose. Mesmo a cervejinha gelada deve a sua existência à sacarose: é a fermentação desta que produz o álcool e o CO2. Nesta edição você ficará sabendo um pouco mais sobre os carbohidratos.