quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Aula de laboratório 1º Ano Ensino Médio 'A' 28/02/2012

Aprofundando o conhecimento sobre a densidade.

Aí galera segue as fotos tiradas ontem na aula de laboratório espero que vocês tenham gostado da realização dos experimentos, o que com certeza os ajudará a fixar vários conceitos estudados em sala de aula.


ALUNOS DO 1º ANO ENSINO MÉDIO "A" - 2012







ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Alguns materiais podem causar acidentes sérios


Todos os anos, dezenas de pessoas morrem em explosões acidentais, causadas por material composto de partículas que, em mistura com o ar, podem queimar rapidamente - e com efeitos dramáticos. Materiais que, em geral, não se imagina que podem explodir: farinha de trigo, açúcar, fibras de algodão... Apesar dos efeitos deletérios dessas explosões, é interessante entender como esses acidentes podem ocorrer - inclusive para evitá-los.
O que é uma explosão?
Antes de discutir como um pó pode explodir, vale lembrar que uma explosão não é necessariamente uma combustão, mas qualquer processo que gere um volume de gases relativamente grande em um espaço limitado e em um curto intervalo de tempo.

Por causa da quantidade de gás e da rapidez, a pressão gerada traduz-se em uma onda de choque. A velocidade de propagação da onda de choque é o que diferencia uma combustão simples de uma deflagração (quando a chama se propaga em uma velocidade inferior à do som) e de uma detonação (quando a chama se propaga a uma velocidade superior à do som).

Explosivos que deflagram (como a pólvora) não são capazes de causar grande estrago, a não ser quando confinados; já os que detonam (como o TNT), geram gases tão rápido que são perigosos mesmo quando em espaços abertos.

Curiosamente, a energia contida nos materiais explosivos não influencia diretamente a força da explosão: o que importa mesmo é a velocidade do processo.

Alguns números

A energia liberada em algumas explosões é menor que a contida em muitos combustíveis. Veja só: a queima de 100 g de pólvora gera mais ou menos 57 g de sólidos e 43 g de gases a cerca de 1000oC, ou seja, um volume de cerca de 150 L de gás, em um tempo da ordem de 50 milissegundos. No entanto, a energia liberada é de 275 kJ.

Em comparação, a mesma quantidade de algodão e ar libera 3 vezes mais energia, porém a uma velocidade muito mais baixa. Em geral...
Do que depende a velocidade de combustão?

Combustões são reações complexas que levam a diferentes misturas de produtos, dependendo das proporções entre reagentes e condições de reação. No entanto, ainda valem os conhecidos "fatores que afetam velocidades de reação", como condições do reagente (por exemplo, se está seco ou ligeiramente úmido), temperatura, a concentração e a área de contato.

Quanto maior a área de contato, maior é a facilidade de combustão. E é aí que se explica como um pó pode queimar tão rápido a ponto de explodir: a área de contato das partículas com o ar pode ser muito grande, dependendo de quão pequenas sejam as partículas.

Então, está explicado...


Pós são materiais formados por partículas de meio milímetro (500 μm) ou menos. Enquanto um bloco de madeira de 1 cm, por exemplo, apresenta uma área de 6 cm2, o mesmo bloco reduzido a pó apresenta mais de 120 cm2 de área!

Já aconteceram explosões por causa de poeira acumulada em sistemas de exaustão de indústrias que trabalham com material sólido combustível, como madeira, farinha, açúcar, tecidos, etc., além das funestas explosões em minas de carvão (em que há também hidrocarbonetos).

Geralmente, a primeira explosão é pequena, mas a sua onda de choque "levanta a poeira" eventualmente acumulada por perto e dá origem a uma série de outras explosões, que são suficientemente violentas para causar resultados catastróficos - matando funcionários e destruindo fábricas.

No entanto, a explosão inicial só ocorre se houver pó disperso e se houver uma fonte inicial de combustão, de forma que não é difícil prevenir acidentes.

*Colaboração: Júlio C. de Carvalho é engenheiro químico e professor do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia da UFPR.

ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

ELETRÓLITOS

Soluções que permitem a passagem de corrente elétrica


*Fábio Rendelucci
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Uma solução é capaz de conduzir corrente elétrica? Por que levamos um choque maior quando estamos molhados do que quando estamos secos? O que é "água de bateria"? Questões como essas nos remetem à mesma resposta: eletrólitos.

A corrente elétrica, como sabemos, é o fluxo ordenado de elétrons, ou seja, os elétrons se movimentando de um ponto a outro. Para isso acontecer, duas coisas são fundamentais: uma diferença de potencial, capaz de atrair os elétrons e um meio de propagação que permita sua passagem.

Os eletrólitos são soluções que permitem a passagem dos elétrons, mas isso não garante que eles possam trafegar livremente. Nos eletrólitos os elétrons trafegam "presos" aos íons. Existem eletrólitos fortes, que praticamente não impedem a passagem dos íons, eletrólitos médios, que apresentam alguma resistência à corrente, eletrólitos fracos, que se opõem fortemente - mas permitem - a passagem da corrente, e os não-eletrólitos, soluções que não permitem que a corrente elétrica os atravesse.
Como funciona o eletrólito?
Quando aplicamos uma diferença de potencial em um material, o pólo positivo começa a atrair os elétrons desse material que, chegando ao pólo, caminham pelo circuito até chegar na outra ponta, o pólo negativo, onde podem ser reinseridos no material. Está complicado? Vamos pensar diretamente nos eletrólitos que a explicação ficará mais clara.

Pense em uma solução de cloreto de sódio em água. Sabemos o sal irá se dissociar em íons Na+ e Cl-. Quando mergulhamos dois fios na solução, um ligado ao pólo positivo e um ao negativo de uma pilha, o positivo começa a atrair os íons de carga negativa - no caso o cloreto (Cl-) - por possuírem cargas elétricas opostas.

Ao atingir o pólo positivo, o elétron excedente do íon é capturado pelo pólo fazendo com que o Cl- se transforme em Cl. O pólo negativo atraiu os íons sódio (Na+) e o elétron capturado percorre todo o circuito até chegar ao pólo negativo, encontrando então o íon. Como o íon é positivo, ele tem falta de elétrons, portanto ele captura o elétron "disponível" no pólo negativo e também deixa de ser um íon, neutralizando-se.

Cloreto de sódio


Acredito que esse exemplo tornou o mecanismo mais compreensível, mas gostaria de ressaltar que no caso do NaCl não é exatamente assim que acontece. Você poderá perguntar: então por que esse exemplo, já que não é bem assim? A idéia é que você entenda primeiramente o mecanismo. Para fins didáticos, o cloreto de sódio é um ótimo exemplo, pois estamos muito habituados a ele.

Você percebeu que - para uma solução permitir a condução de corrente - uma coisa parece fundamental: a presença de íons na solução. Os íons são as "caronas" que citei anteriormente, são eles que permitirão o fluxo eletrônico.

Qualquer solução tem íons?
Não. Nem todas as substâncias quando em solução libera íons. Compostos iônicos como os sais e bases já são formadas por íons e, quando em solução, os deixam livres, em um processo que chamamos de
dissociação. Compostos como os ácidos, que não possuem íons quando em solução sofrem um processo que chamamos de ionização e passando a possuí-los, embora livres. Substâncias moleculares que não sofram ionização não liberarão nenhum tipo de íon quando em solução.

Dessa forma, podemos dizer que:
  • Substâncias iônicas, quando em solução ou quando fundidas (líquidas), liberam íons, portanto conduzem corrente elétrica.
  • Substâncias moleculares, quando em solução, se sofrerem ionização, liberam íons e conduzem corrente elétrica. Se não sofrerem ionização não conduzem corrente.
  • Substâncias iônicas ou moleculares, quando no estado sólido não liberam íons e não conduzem corrente elétrica.


Para que uma solução seja um eletrólito é necessária a existência de íons livres.

Respondendo às questões iniciais:
1) Por que levamos um choque maior quando estamos molhados do que quando estamos secos?
R.: Porque, quando molhados, os sais existentes em nossa pele, resultado da transpiração, formam um eletrólito forte, facilitando a passagem da corrente elétrica.

2) O que é "água de bateria"?
R.: É um eletrólito capaz de permitir a troca de elétrons entre as placas que constituem a bateria. Normalmente são soluções ácidas.


ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Saiba o que são testes antidoping

Comum ao noticiário esportivo, a palavra doping ganha ainda mais importância durante as grandes competições internacionais, como Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Traduzido pelo dicionário Aurélio Buarque de Holanda como "aplicação ilegal de estimulante em competidor (pessoa ou animal) para lhe aumentar o rendimento" ou "adição de substância química ou impureza a um material de forma a dar-lhe propriedade desejada", o doping já levou algumas medalhas olímpicas a mudar de mãos.

Nos esportes, considera-se inaceitável o uso de substâncias que alterem o funcionamento natural do corpo humano. Antes mesmo das competições, os testes antidoping são aplicados para impedir a participação de atletas com alterações químicas demonstradas por exames de sangue ou de urina. Durante e depois dos jogos, outros exames são realizados nos vencedores das provas e em atletas escolhidos por sorteio.

Conheça as substâncias proibidas


 
Movidos por pressões comerciais, políticas e sociais, alguns atletas utilizam-se de drogas e métodos ilícitos para obter vantagem em relação aos seus oponentes. Essa prática é conhecida como doping. Uma curiosidade: apesar de condenado nos dias de hoje, o uso de plantas, ervas e cogumelos que potencializavam o desempenho dos atletas era permitido na Grécia Antiga, berço das Olimpíadas.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) realiza diversos exames preventivos com o intuito de coibir o doping. Tanto o COI como o WADA (World Antidoping Agency) empregam tecnologia avançada, com métodos laboratoriais que permitem detectar sinais de drogas até um ano depois de suspenso o seu consumo.

Os materiais mais utilizados para o exame antidoping são a urina e o sangue, sendo mais rotineira a utilização da urina. O exame de sangue é mais dispendioso, porém possibilita a detecção de algumas substâncias consumidas até seis meses antes da coleta.

Vale ressaltar que os exames antidoping não são infalíveis. Em 2003, por exemplo, foi descoberto o THG, tetrahidrogestrinona, um esteróide produzido em laboratório e que não era detectado pelos exames existentes até então.

O COI classifica em cinco grupos as substâncias proibidas:
·  Estimulantes;
·  Narcóticos e Analgésicos;
·  Anabolizantes;
·  Diuréticos;
·  Hormônios peptídicos e análogos.

As mais utilizadas são os estimulantes como as anfetaminas que provocam melhoria da performance motora, redução da fadiga, inibição da sensação de dor e otimizam o desempenho físico.

Já os anabolizantes geram aumento do apetite, imunidade, agressividade, massa muscular, força e velocidade. Utilizados no tratamento de doenças como hipogonodismo, caracterizada por uma baixa na produção de testosterona, e em doenças musculares que têm maior incidência na velhice com a redução da massa muscular, os esteróides anabolizantes provocam graves efeitos colaterais quando usados indevidamente.

Tumores no fígado, atrofia testicular, enfartos, lesões musculares são algumas das moléstias que podem ser desencadeadas pelo abuso dos anabolizantes. Isso sem falar na dependência psicológica que, em casos extremos, pode até levar ao suicídio.


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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Diabetes:

Entenda a química do açúcar


Erivanildo Lopes da Silva e Diana de Meneses*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Os glicídios, também chamados de açúcares ou carboidratos, são compostos orgânicos constituídos fundamentalmente por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. Os glicídios constituem a principal fonte de energia para os seres vivos, pois a glicose é usada como combustível das células e o cérebro é quase inteiramente dependente dela para realizar suas funções.

Os glicídios estão presentes em diversos alimentos, como frutas, leite, mel etc. Eles também participam da estrutura dos ácidos nucleicos - RNA (Ácido Ribonucleico) e DNA (Ácido Desoxirribonucleico) -, que são capazes de, respectivamente, comandar as atividades celulares e transmitir informações genéticas.

Os dois esquemas a seguir representam a fórmula estrutural dos açúcares glicose e frutose:


Figura 1: Estruturas acíclicas da glicose e frutose.

Esses açúcares são compostos de função mista do tipo poliálcool-aldeído, ou seja, que contêm os grupos funcionais OH e CHO (também chamado de aldose) ou poliálcool-cetona, (grupos OH e C = O, também chamado de cetose). Veja novamente as estruturas, agora identificando os grupos funcionais:

Figura 2: Estruturas acíclicas da glicose e frutose (destacadas as suas funções orgânicas).

Os açúcares, especialmente aqueles com cinco ou seis átomos de carbono, existem normalmente como moléculas cíclicas (fechadas) e não como cadeias abertas. Essa ciclização (formação de uma cadeia fechada) ocorre como resultado da interação entre grupos funcionais em carbonos distantes:


Figura 3: Carbonos que sofrem ciclização na glicose.

Existem ainda alguns açúcares, como a sacarose, que possuem a estrutura de um dissacarídeo, ou seja, composto de glicose e frutose que ocorre por meio da formação de uma ligação glicosídica:

Figura 4: Estrutura da sacarose, açúcar resultante da união entre moléculas de glicose e frutose.

Em meio ácido, a molécula de sacarose se quebra, o que resulta em duas moléculas de glicose e frutose livres no meio. Isso acontece também quando ingerimos esse açúcar: o suco gástrico, produzido no estômago, é capaz de provocar a quebra da ligação glicosídica, que mantinha as moléculas unidas. Assim, esse glicídio de rápida absorção pode produzir altos níveis de glicose no sangue, ocasionando o diabetes.

Insulina

A taxa de glicose considerada normal no sangue situa-se em torno de 90 mg de glicose por 100 ml de sangue, ou seja, 0,9 mg/ml. A variação dessa taxa pode causar dois tipos de diabetes: o diabetes melitus e o diabetes insipidus. No entanto, esse valor é mantido pela ação conjunta dos hormônios insulina e glucagon.

A insulina facilita a absorção de glicose pelos músculos esqueléticos, pelo fígado e pelas células do tecido gorduroso, levando à diminuição na concentração de glicose circulante no sangue. Nas células musculares e do fígado, esse hormônio promove a estocagem de glicose na forma de glicogênio, que passa a ser usado apenas nos momentos em que precisamos de energia. A insulina está relacionada com o distúrbio hormonal conhecido como diabetes melitus, enfermidade em que a pessoa apresenta elevada taxa de glicose no sangue (hiperglicemia).

O glucagon tem efeito inverso ao da insulina, levando ao aumento do nível de glicose no sangue. Esse hormônio estimula a transformação de glicogênio em glicose no fígado. Num diabetes tipo insipidus, a pessoa apresenta níveis praticamente normais de insulina no sangue, mas sofre redução do número de receptores de insulina nas membranas das células musculares e adiposas. Com isso, diminui a capacidade de absorver glicose no sangue, ocasionando o que chamamos de hipoglicemia.

Podemos dizer, então, que o diabetes é a condição na qual ocorre uma resposta anormal ou inadequada na fabricação de insulina. Quando isso acontece, aumenta-se o risco de doenças cardíacas e outras enfermidades, como o AVC (Acidente Vascular Cerebral), em virtude de bloqueios de vasos sanguíneos. Esse bloqueio também diminui a produção de anticorpos e aumenta drasticamente a chance de o indivíduo contrair infecções, insuficiência renal e até cegueira. As mulheres diabéticas estão também mais propensas a desenvolver câncer mamário e uterino.

Reagente de Benedict


Durante alguns anos, o reagente de Benedict, que contém os íons Cu2+em solução, foi utilizado para identificar portadores de diabetes por meio da presença de açúcares na urina. O teste baseia-se na possibilidade de os grupos aldeídos serem oxidados (perda de elétrons), e essa reação provoca uma mudança de coloração da solução (de amarelo a vermelho tijolo), tornando possível identificar a presença de aldoses.

Quando um aldeído é oxidado, algum agente oxidante precisa ser reduzido (ganhar elétrons), que neste caso são os íons Cu2+. O cobre (Cu2+) ganha 1e- da aldose, podendo, então, ser reduzido ao composto Cu2O (Cu+1). Nessa etapa ocorre a formação do composto lactona. Veja o esquema:





Figura 5: Esquema da reação de redução do cobre pela aldose.

A redução do cobre ocorre somente com as aldoses, contudo, algumas cetoses também podem sofrer oxidação, pois no equilíbrio dinâmico das soluções aquosas contendo os açúcares podem coexistir aldeídos não cíclicos (compostos que reagem com íon cobre) e cetonas hidroxílicas. É esse fenômeno que permite a identificação da frutose (cetose) pelo reagente de Benedict. Essas reações desempenham papéis fundamentais para a identificação de açúcares.

Ainda existem formas mais simples de identificar a presença de glicose, como o uso da enzima oxidase, que é específica da glicose, mas esse teste com reagente de Benedict pode ser utilizado ainda como uma forma didática, em sala de aula, de se identificar a presença de açúcares.


Saiba mais
·  Campbell, M. K; Farrell, S. O. Bioquímica. 5ª ed. Editora Thomson.
·  Amabis, J. M; Martho, G. R. Biologia. Vol. 1. 2ª ed. Editora Moderna. São Paulo, 2004.
·  Amabis, J. M; Martho, G. R. Biologia. Vol. 2. 2ª ed. Editora Moderna. São Paulo, 2004.
·  Amabis, J. M; Martho, G. R. Biologia. Vol. 3. 2ª ed. Editora Moderna. São Paulo, 2004.
·  Feltre, Ricardo. Química orgânica. Vol. 3. 5ªed. Editora Moderna. São Paulo, 2000
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Conhecendo mais sobre o Cloro.

Propriedades e usos


Erivanildo Lopes da Silva*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Dentre os vários elementos que podemos encontrar na natureza, alguns são empregados de maneira mais ampla ou variada, como, por exemplo, o oxigênio, nitrogênio, a amônia e, também, o cloro, um gás muito importante.

O cloro foi obtido inicialmente por Scheele, na sua forma gasosa, pela oxidação do ácido clorídrico (HCl) com MnO2:
A partir dessa reação, pode-se obter, em laboratório, o hipoclorito de sódio (NaClO), como pode-se verificar no esquema a seguir:

Produção industrial e diferentes usos


O cloro é produzido industrialmente por dois métodos distintos:

·  1. Pela eletrólise de soluções aquosas de cloreto de sódio (NaCl), no processo de fabricação de NaOH:
·  2. E na eletrólise do NaCl fundido, no processo de fabricação do sódio:
O processo de produção do cloro/soda consiste na passagem de uma corrente elétrica em salmoura de cloreto de sódio, obtendo-se como resultado o cloro (Cl2), a soda (NaOH) e o hidrogênio (H2).

O gás cloro é tóxico e foi usado nos combates da
Primeira Guerra Mundial. Ele provoca irritações na garganta e lacrimejamento. Em concentrações mais elevadas, pode provocar desde danos aos pulmões até a morte.

Contudo, quando utilizado adequadamente, o cloro apresenta muitas qualidades. Ele é usado há muito tempo com fins sanitários - e é indispensável para o tratamento da água; utiliza-se cloro também na desinfecção de resíduos industriais e de piscinas. Em virtude das suas propriedades descorantes, ele é usado no branqueamento de fibras vegetais, como algodão, linho, etc.

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Calibragem de Pneus

Oxigênio ou nitrogênio: eis a questão.

Manter a pressão adequada nos pneus de seu carro ajuda na dirigibilidade, diminui o desgaste e não força a suspensão. Um cuidado que se deve ter é utilizar a pressão indicada pelo fabricante para cada tipo de carga, indicada em uma plaqueta normalmente colocada no batente da porta do motorista, e não confiar cegamente nos na medição indicada nos calibradores do posto de gasolina.

Você lê isto, percebe que não calibra os pneus há algum tempo e resolve ir ao posto. Chega lá e se depara com dois locais para calibrar: um deles indicando "ar", gratuito; outro indicando "N2", provavelmente pago. E agora?

Vamos lá: o que acontece com um pneu rodando? Aquece! O que acontece com o gás dentro do pneu quando o pneu aquece? Aquece! De acordo com a equação dos gases



a mudança na temperatura causa mudança na pressão e no volume, o que o faz expandir! Isso é bom? Claro que não. O fato da borracha do pneu aquecer é até bom, pois aumenta a aderência. Só que a expansão do gás dentro do pneu faz com que ele altere seu diâmetro e o formato da banda de rodagem (parte do pneu em contato com o solo), o que não é muito bom.

A composição do ar atmosférico é mais ou menos a seguinte: 78% de nitrogênio (N2), 20% de oxigênio (O2) e 2% dos outros gases, incluindo vapor de água. Se ele é então quase que só nitrogênio, que diferença faz usar ar ou N2 nos pneus?
Nitrogênio puro

A diferença é a seguinte: o ar atmosférico, por conter vapor d'água, sofre maior variação de pressão e volume quando alteramos sua temperatura do que o nitrogênio puro. Se você for atento, dirá que a lei dos gases perfeitos não distingue um gás do outro. É verdade, mas os gases não são "perfeitos", portanto há variação de comportamento de um gás para outro e para misturas gasosas como o ar atmosférico.

Outra vantagem: a ausência do oxigênio (O2) evita - ou pelo menos diminui, já que ele estará presente em quantidades mínimas - a oxidação da borracha na parte interna da câmara ou do pneu.

Mas nem tudo é o que parece. É verdade que utilizar N2 ao invés de ar melhora tudo que foi exposto acima, mas isso não é perceptível em condições normais de uso de pneus em veículos normais.

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Como se reduz a acidez estomacal..

Remédios com bases neutralizam a acidez no estômago

Fábio Rendelucci*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
O processo digestivo em nossos estômagos é feito com auxílio de um ácido, mais precisamente o ácido clorídrico (HCl) que, como você sabe, é um ácido forte. Obviamente sua concentração no organismo é mantida em níveis que não acabem nos dissolvendo, mas que apenas auxiliem no "ataque" aos alimentos. Acontece, vez por outra, que ficamos com excesso de ácido e nos sentimos mal. É a conhecida azia.

Mesmo que não sejamos farmacêuticos, podemos utilizar nossos conhecimentos de química para tentar resolver o problema: se temos muito ácido, basta que o neutralizemos através de uma simples reação. Já aprendemos que a reação entre ácido e base resulta em sal e água. Podemos usar essa máxima como remédio?

Cuidado! Primeiramente lembre-se que a automedicação é extremamente perigosa e pode causar graves conseqüências. Lembre-se também que os exemplos têm finalidade didática e não devem ser utilizados de outra forma.

Voltando à neutralização, pense no seguinte: o ácido clorídrico é um ácido forte e a base mais lembrada por nós é o hidróxido de sódio (NaOH). O que acontece se misturarmos os dois?


Observe que você conseguiu neutralizar o ácido e formou cloreto de sódio (sal de cozinha). Você deve estar pensando que achou a solução, mas lembre-se também que o hidróxido de sódio (NaOH), conhecido popularmente como "soda cáustica" é muito utilizado para desentupir encanamentos. Você tomaria um copo de soda cáustica? Já pensou no estrago que ele faria durante o caminho?

Alguns de vocês também podem ter se lembrado que seus avós tomavam bicarbonato de sódio (NaHCO3) quando se queixavam de azia ou má digestão. O bicarbonato de sódio não é uma base, e sim um sal. Será que funciona?

O bicarbonato de sódio, quando em solução aquosa, torna a solução básica, formando ácido carbônico e forma também uma base, o hidróxido de sódio:

Obs.: Para que você entenda essas reações, é importante que se lembre que:


Se juntarmos então uma solução de bicarbonato de sódio ao ácido estomacal teremos:

Até aqui conseguimos eliminar o ácido clorídrico, mas formamos outro ácido, o carbônico. O ácido carbônico (H2CO3) é bastante instável, o que faz com que facilmente se decomponha em água e dióxido de carbono:

 

Desta forma, podemos escrever a reação total:
 

E percebemos que o ácido está neutralizado. Funciona? Funciona. Valem porém duas observações: não é muito aconselhável produzir cloreto de sódio (NaCl) em pacientes que sofrem de pressão alta (você deve saber que a eles recomenda-se uma dieta com pouco sal) e a produção de CO2 no estômago fará com que um arroto seja inevitável, já que o dióxido de carbono é um gás.

Hoje em dia os principais fármacos contra azia utilizam bases que não nos atacam em seu caminho até o estômago, produzam sais que não façam mal aos hipertensos e, se possível, não provoquem um arroto.


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PROFESSOR JÚNIOR.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Armas de destruição em massa

Armas de destruição de massa

Biológicas, químicas e nucleares


Perseu Lúcio Alexander Helene de Paula*
Especial para o UOL
 
A tecnologia usada hoje nas armas de guerra permite aos seres humanos dizimar populações inteiras, silenciosamente.

Não é preciso mais destruir cidades ou causar contaminação, como aconteceu nas cidades de
Hiroshima e Nagazaki, em agosto de 1945.

Depois desse lamentável episódio, outros coquetéis de destruição, além da
bomba atômica, foram testados por cientistas. A humanidade chegou a armas químicas e biológicas. De forma bem resumida, qual é a diferença entre elas?

Armas biológicas são armas que transportam microorganismos vivos,
bactérias e/ou vírus para que, na hora do impacto, disseminem doenças contagiosas e dizimem populações inteiras. Podem causar uma pandemia (doença epidêmica amplamente difundida), porém a infra-estrutura de uma cidade fica preservada.

Armas químicas são armas que transportam substâncias tóxicas irritantes que atacam a orofaringe (uma das divisões da faringe), pele e tecidos de animais e vegetais. Muitos destes compostos, após reação, produzem ácidos muito fortes. Neste caso, a infra-estrutura de uma cidade pode ser prejudicada e possivelmente haverá contaminação do solo e do
lençol freático.

Armas nucleares são armas que transportam elementos radiativos que, por
fissão nuclear (quebra do núcleo atômico), liberam grande quantidade de energia, destruindo a infra-estrutura da cidade. Os efeitos radiativos alteram o código genético do ser vivo. A bomba atômica é uma arma nuclear.

Em termos de efeito devastador, a pior entre as três armas é a biológica. No momento de sua explosão, os microorganismos não são afetados e sua multiplicação bacteriana e/ou viral se dá em progressão geométrica. Além disso, é difícil combater um agente invisível.

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Porque o Pão Cresce?

O pão cresce porque à massa é acrescentado fermento. Normalmente, em massas de pães é adicionado fermento biológico. A levedura, fungos unicelulares que se utilizam da glicose resultante da hidrólise do amido, existente em abundância em cereais, para crescer. Por reação enzimática, a levedura age sobre as moléculas de açúcar liberando CO2 (gás carbônico). Ao ser liberada, essa molécula fica retida na malha do glúten. A malha, por sua vez, se estica, formando pequenas bolhas. O gás carbônico também tem a tendência de se juntar às bolhas de ar que se formaram no momento em que o padeiro está sovando a massa. São essas bolhas de ar e gás carbônico que, ao se expandirem quando o pão está assando no forno, tornam possível o crescimento do pão.
A glicose ou dextrose, é um monossacarídeo. As células a usam como fonte de energia e intermediário metabólico. É um cristal sólido de sabor adocicado, de formula molecular C6H12O6, encontrado na natureza na forma livre ou combinada. Juntamente com a frutose e a galactose, é o carboidrato fundamental de carboidratos maiores, como sacarose e maltose. Amido e celulose são polímeros de glicose. A glicose (C6H12O6) contém seis átomos de carbono e um grupo aldeído. É uma aldohexose.

MOLÉCULA DE GLICOSE
O Glúten é uma proteína amorfa que se encontra na semente de muitos cereais combinada com o amido. Representa 80% das proteínas do trigo e é composta de gliadina e glutenina. O glúten é responsável pela elasticidade da massa da farinha, o que permite sua fermentação, assim como a consistência elástica esponjosa dos pães e bolos. Uma vez cozido, o glúten adquire uma consistência firme e toma um pouco do sabor do caldo no qual foi cozido. Esta propriedade faz com que seja apreciado como substituto da carne nas cozinhas vegetarianas e budista.
Em assados, o glúten é o responsável pela permanência dos gases da fermentação no interior da massa, fazendo com que ocorra um aumento em seu volume. Depois da cocção, a coagulação do glúten é responsável pela não desinflação do bolo ou pão. O dióxido de carbono, ou anidrido carbônico, ou gás carbônico é um composto químico constituído por dois átomos de oxigênio e um átomo de carbono. A representação química é CO2. Estruturalmente o dióxido de carbono é constituído por moléculas de geometria linear e de caráter apolar. Por isso as atrações intermoleculares são muito fracas, tornando-o, nas condições ambientais, um gás. Daí o seu nome comercial gás carbônico.
ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Solvente Brasileiro

Cientistas Brasileiros desenvolvem solvente que dissolve quase tudo.

Universol

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) descobriram e depositaram pedido de patente de um composto que dissolve praticamente qualquer material orgânico ou inorgânico. O agente resolve um problema antigo ao ser capaz de dissolver sem alterar a composição química da substância. A dissolução é um passo essencial para a análise de amostras, usada para avaliações de controle de qualidade ou da presença de componentes inorgânicos ou orgânicos, tóxicos ou não. Os autores da descoberta são os professores Claudio Luis Donnici e José Bento Borba da Silva, do Departamento de Química da UFMG. A substância, registrada com a marca Universol, está pronta para ser aplicada e ter sua tecnologia transferida a empresas que desejem produzir e comercializar o produto em larga escala. Solvente universal Segundo Donnici, o Universol é útil, por exemplo, para mostrar se um cosmético ou um alimento contém metal pesado, ou se a casca de uma árvore a ser utilizada para produzir um medicamento está contaminada com metais ou substâncias tóxicas. "Ele também dissolve rapidamente carnes, unha, cabelo, pele, sementes, cereais ou qualquer outra matéria orgânica", comenta o professor. Segundo Donnici, o composto é um agente solubilizante simples, eficiente e reprodutível, que dissolve praticamente qualquer tipo de amostra em um tempo que varia de um a 30 minutos. "Por isso pode ser considerado um agente solubilizante praticamente universal".
Outra vantagem do solvente é promover a solubilização à temperatura ambiente e, em quase todos os casos, sem necessidade de uso de métodos adicionais, como ultrassom e micro-ondas. "Apesar do seu enorme poder solubilizante, o Universol é um reagente seguro, que pode ser manipulado sem complicações em qualquer laboratório e com a utilização de frascos de vidro ou de plástico (tipo eppendorf) comuns", informa. Solubilização rápida Claudio Donnici ressalta que outros agentes conhecidos de solubilização demoram cerca de 12 horas para dissolver, por exemplo, amostras de unhas ou de fios de cabelo, enquanto o Universol realiza essa solubilização em cerca de 30 minutos.
"Com o desenvolvimento desse método, mais simples e adequado para preparação de amostras, evitam-se dissoluções ácidas, extrações e outras dificuldades para o uso de técnicas espectrométricas de análise química, tornando-o mais viável para análises de grande quantidade de qualquer tipo de amostras para avaliação da sua composição química, especialmente quanto aos componentes inorgânicos", explica. A equipe realizou testes com diversos materiais e demonstrou a eficácia do agente em alimentos, desde bebidas a cereais a sementes; em qualquer tecido animal ou vegetal; amostras minerais e inorgânicas ou biológicas, a exemplo de cogumelos, insetos e microrganismos, bem como em resíduos biológicos e materiais petroquímicos da área de cosméticos, o que possibilitou a realização de testes cromatográficos e espectrométricos, para análises das mais diversas.
"O grande trabalho foi mostrar o escopo e a confiabilidade da técnica para os mais variados tipos de amostra", informa Donnici. Simplicidade impressionante Donnici conta que os estudos foram patrocinados por um programa da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), cujo objetivo era consolidar estudos ambientais avançados. "A intenção era estabelecer novas tecnologias científicas e computacionais para o monitoramento ambiental e análise de poluentes. Dentre as várias descobertas realizadas nesses anos de pesquisas, destacamos o desenvolvimento do Universol", comenta. "O problema preliminar de análise química orgânica ou inorgânica dos mais diversos materiais é obter a total dissolução das amostras, com a formação de soluções homogêneas, de modo a não alterar sua composição química", esclarece. Donnici revela que a equipe ficou impressionada com o que descobriu, uma vez que a composição é relativamente simples e barata, "de alta eficiência e rapidez e de escopo e aplicabilidade enormes".

ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR