De acordo com a definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), produtos saneantes são substâncias ou preparações destinadas à
higienização, desinfecção ou desinfestação domiciliar, em ambientes coletivos
e/ou públicos, em lugares de uso comum e no tratamento de água. Dentre os mais
utilizados em nosso dia a dia estão os sabões e os detergentes, termo originado
do latim “detergere” e que significa limpar, fazer desaparecer.
Como definição, detergentes e seus congêneres são as substâncias que apresentam
como finalidade a limpeza e a conservação, como por exemplo: detergentes;
amaciantes de tecidos; antiferruginosos; ceras; desincrustantes ácidos e
alcalinos; limpa-móveis, plásticos, pneus, vidros; polidores de sapato,
superfícies metálicas; removedores; sabões; saponáceos e outros.
Por se tratarem de produtos químicos que podem causar impacto à saúde e ao meio
ambiente, a necessidade de desenvolvimento de produtos cada vez mais seguros e
a conseqüente busca por substâncias químicas alternativas que garantam essa
segurança com qualidade e eficiência é um grande desafio para o profissional da
química.
A história do sabão
A fabricação de sabão é, sem dúvida, uma das atividades industriais mais
antigas de nossa civilização. Sua origem remonta a um período anterior ao
século XXV a.C.. Nesses mais de 4500 anos de existência, a indústria saboeira
evoluiu acumulando enorme experiência prática, além de estudos teóricos
desenvolvidos por pesquisadores.
Tecnicamente, a indústria do sabão nasceu muito simples e os primeiros
processos exigiam muito mais paciência do que perícia. Tudo o que tinham a
fazer, segundo a história, era misturar dois ingredientes: cinza vegetal, rica
em carbonato de potássio, e gordura animal. Então, era esperar por um longo
tempo até que eles reagissem entre si. O que ainda não se sabia era que se tratava
de uma reação química de saponificação.
O sabão, na verdade, nunca foi “descoberto”, mas surgiu gradualmente de
misturas de materiais alcalinos e matérias graxas (alto teor de gordura). Os
primeiros aperfeiçoamentos no processo de fabricação foram obtidos substituindo
as cinzas de madeira pela lixívia rica em hidróxido de potássio, obtida
passando água através de uma mistura de cinzas e cal. Porém, foi somente a
partir do século XIII que o sabão passou a ser produzido em quantidades
suficientes para ser considerado uma indústria.
Até os princípios do século XIX, pensava-se que o sabão fosse uma mistura
mecânica de gordura e álcali. Foi quando Chevreul, um químico francês, mostrou
que a formação do sabão era na realidade uma reação química. Nessa época,
Domier completou estas pesquisas, recuperando a glicerina das misturas da
saponificação.
Durante 2.000 anos, os processos básicos de fabricação de sabões permaneceram
praticamente imutáveis. As modificações maiores ocorreram no pré-tratamento das
gorduras e dos óleos, na obtenção de novas e melhores matérias-primas, no
processo de fabricação e no acabamento do sabão, por exemplo, na secagem por
atomização para obtenção do sabão em pó.
ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;
PROFESSOR JÚNIOR.