Existem compostos químicos tão complexos que ninguém
acreditava que eles existissem na natureza. São as chamadas moléculas
cíclicas, nas quais um grande número de átomos estão ligados na forma de
anéis. São compostos tão elaborados que, mesmo em laboratório, só são
fabricados de dez anos para cá. Agora, uma equipe da Universidade
Cornell, nos Estados Unidos, descobriu que alguns insetos são capazes de
montar essas redes naturalmente.
A joaninha da espécie Epilachna borealis é um deles. “São comuns, na
natureza, compostos com anéis de seis ou sete átomos”, disse o
líder da equipe, Frank Schröeder. “Mas os compostos fabricados pela
borealis, com anéis de até 200 átomos, jamais foram vistos.” E para que a
joaninha “tece” essas longas teias químicas? Para fazer um coquetel
venenoso que o inseto usa contra os predadores quando está ainda na
forma de pupa – um estágio de desenvolvimento intermediário entre o de
larva e o de inseto adulto. São as minúsculas gotas secretadas pela pupa
que garantem que nenhuma formiga devore o filhote.
Abrácidos Exotérmicos;
Prof. Cezário Júnior