quarta-feira, 30 de outubro de 2019

História e Composição Química do Creme Dental

A preocupação com a aparência tem sido uma grande preocupação do homem desde a mais remota antiguidade e, isso inclui a limpeza e clareamento dos dentes. Isso não é só importante pela estética, mas também para nossa saúde e sobrevivência.
Assim, para realizar a limpeza dos dentes por volta de 4000 a. C os egípcios criaram um dos primeiros dentifrícios de que se tem registro. Um dentifrício é um preparado para a limpeza dos dentes. Ele era constituído de pedra-pomes pulverizadas (formadas por 70% de óxido de silício e 30% de óxido de alumínio) e vinagre
Os mais ricos o aplicavam nos dentes com pelos de cavalos. Os pobres usavam pequenos ramos dos arbustos ou mesmo os dedos.

Mais tarde, por volta de 300 a 500 a.C. os chineses produziram um dentifrício com cinza, ossos de boi, arroz em pó e casca de ovos em pó, cujo principal componente é o carbonato de cálcio.
No século I d.C. os romanos pegaram a mistura de pedra-pomes e vinagre e acrescentaram os mel, sangue, carvão, olhos de caranguejos, ossos moídos da cabeça de coelhos e urina humana para deixar os dentes mais brancos.
Foi somente em 1850, nos Estados Unidos, que se criou o primeiro dentifrício parecido com o que usamos hoje e que era de interesse comercial. Um dentista americano o criou, fazendo-o primeiro na forma de pó e posteriormente ele foi passado para a forma de pasta.
Existem dentifrícios das mais variadas formas: em pó, líquidos e em pasta, sendo este último o mais usado no mundo todo.
O que chamamos de pasta ou creme dental é um dentifrício que possui geralmente como principais componentes os alistados na tabela abaixo:

Os componentes das pastas de dente que são os mais importantes para a limpeza adequada são os abrasivos, pós insolúveis em água que mantêm a uniformidade e tamanho das partículas. Os principais abrasivos usados são o carbonato de cálcio (CaCO3) e o óxido de silício (SiO2).
Esses abrasivos são básicos, diminuindo a acidez da boca, porque o meio ácido favorece a formação de cáries. Isso acontece porque o principal componente do esmalte dos dentes é a hidroxiapatita,Ca5OH(PO4)3(s). Esse sal é insolúvel em água, mas é atacado por ácidos ocorrendo a sua dissolução que é denominada desmineralização; e o processo inverso, mineralização:

Equilíbrio de dissociação da hidroxiapatita dos dentes
Se o meio estiver ácido, os íons H+ reagirão com os íons OH-, diminuindo a concentração deste e deslocando o equilíbrio químico acima no sentido da reação direta, que é o de desmineralização da hidroxiapatita dos dentes.
As bactérias presentes nos dentes se alimentam de proteínas e açúcares metabolizando-os a ácidos que atacarão os dentes, dissolverão seu esmalte e formarão as cáries. O conjunto formado pelas proteínas e as bactérias que se acumulam no esmalte dos dentes é chamado de placa bacteriana ou biofilme.
A escovação com a pasta de dentes com o auxílio do fio dental remove essa placa bacteriana e impede que as cáries se formem. Além disso, como os abrasivos são alcalinos eles deslocam o equilíbrio químico no sentido da reação inversa, que é o de mineralização, isto é, da reconstituição da hidroxiapatita.
O espumante é um detergente, que na maioria dos casos é o laurilssulfato de sódio, mostrado abaixo:
H3C — CH2 — CH2 — CH2 — CH— CH2 — CH2 — CH2 — CH2 — CH2 — CH2 — CH2 — OSO-3Na+
Os detergentes são importantes porque eles são agentes tensoativos, ou seja, diminuem a tensão superficial da pasta dental e permite que ela penetre em fissuras e partes mais difíceis dos dentes, auxiliando na remoção de detritos dos esmaltes dos dente e realizando uma limpeza mais eficiente.

A água permite que a pasta de dente fique fluida e solubiliza todos os seus constituintes.
O umectante (glicerina, sorbitol ou polietilenoglicol) é usado para melhorar a aparência e consistência do produto e principalmente para evitar a sua secagem.
Os aglutinantes são materiais sintéticos, tais como o carboximetilcelulose, que impedem que as partes líquidas se separem das sólidas.
O sabor doce das pastas de dentes é graças aos edulcorantes, que geralmente são o sorbitol ou a sacarina.
Os agentes terapêuticos são usados para finalidades específicas, como bactericidas, antiácidos, para remover manchas de cigarros, para dentes hipersensíveis (com nitrato de potássio (KNO3), ou citrato de sódio (C6H5O7Na3) ou cloreto de estrôncio (SrCl2) e para combater cáries.
Os agentes terapêuticos mais importantes para combater as cáries são os sais de flúor (e não apenas o flúor, como aparece em muitas embalagens), tais como o monoflúor fosfato de sódio (Na4(PO4)F) e o fluoreto de sódio (NaF). Esses componentes ajudam a deslocar o equilíbrio químico mostrado mais acima no sentido da mineralização da hidroxiapatita.
Isso acontece porque a presença dos íons fluoreto (F-) dos sais de flúor tem a propriedade de substituir os íons hidroxila (OH-) na hidroxiapatita e a transformam em fluorapatita (Ca5F(PO4)3), que é ainda menos insolúvel em água e menos suscetível ao ataque dos ácidos, pois não se forma a hidroxila em sua dissociação:

5Ca2+(aq) + 3PO43–(aq) + F(aq) ↔ Ca5(PO4)3F(s)


O uso do creme dental é essencial para manter os dentes saudáveis e protegidos das cáries













Abrácidos Exotérmicos;

Prof. Cezário Júnior.

terça-feira, 29 de outubro de 2019

Pesquisadores criam gel que pode impedir incêndios florestais




As queimadas florestais parecem estar cada vez mais constantes e devastadoras. Embora elas sempre tenham existido, a força de destruição parece aumentar a cada ano e apagar um incêndio de grandes proporções não é tarefa fácil, como se pode acompanhar cada vez que o noticiário exibe as chamas densas que tomam e aniquilam florestas pelo mundo. A mobilização para conter as queimadas, de acordo com o Ibama, pode envolver 500 homens, helicópteros, aviões-tanque e muitos litros de água.
A água, aliás, pode não ser suficiente para apagar o fogo e, em casos mais extremos e graves, é necessário utilizar compostos químicos. Portanto, como sempre, a prevenção é a melhor saída e já existe todo um mapeamento e controle via satélite para áreas de risco. Mas pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, foram além e desenvolveram um gel capaz de prevenir as queimadas, tornando as florestas mais resistentes ao fogo e impedindo que focos de incêndio se espalhem.
No estudo desenvolvido pelos cientistas e publicado na revista científica Proceedings of The National Academy of Sciences, eles explicam que o gel é composto por polímeros de celulose extraídos das próprias plantas, partículas de sílica e fluido retardador de chamas. Todo o material é atóxico, biodegradável e colabora com o meio ambiente, uma vez que possui componentes naturais.

Proteção para a floresta

Diferente dos usos atuais de sprays de combate às queimadas apenas em casos emergenciais, os cientistas que desenvolveram o gel chegam com a proposta de pulverizar áreas de risco sem que necessite de focos de incêndio para agir. De acordo com os pesquisadores, o novo gel é resistente às intempéries e uma única pulverização poderia proteger a floresta por meses, mesmo em caso de fortes ventos ou chuvas.
Em parceria com o Departamento de Silvicultura e Proteção contra Incêndios da Califórnia, os pesquisadores colocaram o gel em teste em grama e camurça — uma forma de imitar a vegetação em que ocorrem as queimadas — e o resultado foi um sucesso. Um litro do gel por metro quadrado já foi suficiente para evitar que as chamas se alastrassem.
A próxima etapa é testar o gel em áreas com alto risco de incêndio, como aquelas nas beiras de estrada.
 Abrácidos Exotérmicos;

Prof. Cezário Júnior.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

A Química Da Felicidade


felicidade

Sonya Lyubomirsky, uma das pesquisadoras que mais contribuiu nesse campo, definiu a existência de dois mitos relacionados à felicidade:

  1. Muitas pessoas pensam que alcançar certos objetivos (trabalho, namorado, etc.) irá torná-las felizes, mas não existe nenhum evento que possa nos garantir a felicidade para sempre.
  2. Há quem acredite que não pode ser feliz, e assim reagem em modo desproporcional àquilo que acontece em suas vidas, pensando que nunca mais poderão ser felizes.
Paul Dolan, autor de Happiness by Design define a felicidade como a soma de prazer e objetivo. O prazer corresponde a se sentir bem, a perceber sensações positivas, e está em oposição ao sofrimento. O objetivo está ligado ao sentimento de que nossas ações tenham um significado, portanto valham a pena.
As pesquisas de Lyubomirsky demonstraram que este tipo de felicidade pode ser forçada dentro da gente pelo simples fato que que ela já está presente em nós. Um experimento conduzido com gêmeos permitiu descobrir que 50% de nossa felicidade (ou infelicidade) é de tipo genético, mas 40% é determinada pela nossa mente e pensamentos. Os demais 10% está à mercê dos eventos externos.

Do ponto de vista químico, a felicidade é uma mistura de:

  • Dopamina: neurotransmissor produzido pelo cérebro que influencia nosso comportamento, humor e motivação.
  • Ocitocina: hormônio do amor, liberado durante o orgasmo, o parto, a amamentação que dá uma sensação de bem-estar.
  • Serotonina: neurotransmissor produzido pelo cérebro e o intestino que regula o humor e o apetite e é utilizado contra a depressão.
  • Endorfinas: substâncias produzidas pelo cérebro parecidas ao ópio que promovem euforia.
Todos nós experimentamos emoções negativas e positivas. As primeiras, como o medo e a raiva, diminuem a atividade do coração e da mente e limitam o número de reações que o nosso cérebro toma em consideração quando for fazer uma escolha.
As emoções positivas aumentam a dopamina e a serotonina, tornando nosso cérebro mais criativo e aberto a novas experiências e capaz de ver as coisas com mais desprendimento, consequentemente aumentando sua capacidade de resolver problemas.

A Action For Happiness sugere os seguintes passos para ser felizes:

  • Se lamente menos, aprecie mais
  • Olhe menos, faça mais
  • Julgue menos, aceite mais
  • Menos medos, mais tentativas
  • Fale menos, escute mais
  • Fique menos bravo, sorria mais
  • Consume menos, crie mais
  • Pegue menos, dê mais
  • Se preocupe menos, dance mais
  • Odeia menos, ame mais
Em The If Principle, Richard Wiseman explicou o funcionamento particular de nosso cérebro, em função do qual não sorrimos porque estamos felizes, mas estamos felizes porque sorrimos. Isto quer dizer que não é o humor a determinar o que fazemos, mas é o que fazemos a determinar o nosso estado de espírito. Para ser mais felizes, portanto, a primeira coisa que precisamos fazer é querer ser mais felizes e nos comportar como se já fôssemos mais felizes. Assim, é preciso começar a sorrir antes de ter um motivo. Tente por exemplo, manter os cantos da boca para cima até o fim desse artigo.
Querer ser feliz significa prestar atenção àquilo que gera emoções positivas, e procurar encontrar aspectos positivos em todas as coisas, incluindo aquelas que parecem negativas, e reviver com frequência as emoções positivas. Para que serviriam todas as fotos que tiramos se não para reviver os melhores momentos da nossa vida?
Você continua sorrindo? O problema é que ser feliz não é fácil, é necessário um constante treinamento de nosso cérebro para aprender a ser feliz.

Abrácidos Exotérmicos;

Prof. Cezário Júnior.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

Ácido nos músculos?




Durante um exercício muscular intenso, o ritmo respiratório aumenta, mas mesmo assim a quantidade de oxigênio que inspiramos não é suficiente para, oxidando a glicose, fornecer a energia necessária para manter a atividade por muito tempo.
Porém, os músculos têm um mecanismo que garante a continuação do esforço, mesmo sem a presença do oxigênio: a glicose decompõe-se produzindo ácido lático e liberando energia, que é utilizada pelos músculos para contraírem-se.
Quanto mais intensa e prolongada a atividade muscular, mais ácido lático se acumulará no músculo. Para este processo há um limite.
A quantidade de ácido lático nos músculo em repouso é de 0,02%. Em um exercício violento, chega a 0,25%. Acima desta quantidade, o músculo se fatiga e fica impossibilitado de continuar a se contrair.
A fadiga muscular é o acúmulo de ácido lático nos músculos. 
 

 Abrácidos Exotérmicos;

Prof. Cezário Júnior.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

De onde vem o odor da nossa transpiração?

            Resultado de imagem para foto pessoa suada
O odor da nossa transpiração, o cheiro de corpo, é devido em parte aos ácidos carboxílicos.
O suor elimina muitas substâncias orgânicas, que são decompostas por bactérias existentes em nossa pele em compostos de odor desagradável, como o ácido 3-metil-hex-2-enóico.
Para neutralizar estes ácidos, o odor, muitos talcos e desodorantes contêm bicarbonato de sódio.

Abrácidos Exotérmicos;

Prof. Cezário Júnior

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Por que nos apaixonamos? Conheça a química do amor




Albert Einstein disse uma vez que explicar o que sentimos por uma pessoa especial e por que nos apaixonamos sob os termos estritos da química do amor é subtrair a magia do assunto. No entanto, queiramos ou não, existem processos como a atração ou a paixão mais obsessiva, em que a neuroquímica delimita por si mesma um fascinante e complexo território que também define parte do que somos.
O amor, do ponto de vista romântico ou filosófico, é algo de que os poetas e escritores falam diariamente. Todos nós gostamos de mergulhar nesses universos literários onde se idealiza um sentimento que às vezes dá lugar a mais mistérios do que certezas. No entanto, sobre a paixão  – como tal e a partir de um ponto de vista biológico – são os neurologistas que podem nos fornecer dados mais precisos; menos sugestivos, mas objetivos e reais.
“O encontro de duas personalidades é como o contato de duas substâncias químicas: se houver alguma reação, ambas se transformam.”
-CG Jung-
Além disso, os antropólogos também nos oferecem uma perspectiva interessante que se encaixa muito bem com a química do amor que conhecemos através da neurociência. Na verdade, se algo sempre cativou essa área de conhecimento tem sido a ideia de conseguir identificar os processos subjacentes aos casais que criam vínculos duradouros e que são capazes de construir um compromisso estável e feliz.
Os antropólogos nos explicam que a humanidade parece fazer uso de três “tendências” cerebrais distintas. A primeira é aquela em que o impulso sexual guia grande parte de nossos comportamentos. A segunda se refere ao “amor romântico”, onde são geradas as relações de dependência e de alto custo emocional e pessoal. O terceiro enfoque é aquele que forma um apego saudável, onde o casal constrói uma cumplicidade significativa da qual ambos os membros se beneficiam.
Agora, além de entender o que garante estabilidade e felicidade em um casal, há um aspecto que interessa a todos. Falamos sobre se apaixonar, falamos sobre a química do amor, sobre esse processo estranho, intenso e desconcertante que às vezes nos faz colocar o olhar, a mente e o coração na pessoa menos adequada. Ou, pelo contrário, na mais certa, na definitiva…

A química do amor

A química do amor e seus ingredientes

É muito possível que nossos leitores pensem que a paixão se explica unicamente do ponto de vista neuroquímico. Que a atração seja o resultado de uma fórmula cujas variáveis ​​se encaixam nessa química do amor e nos neurotransmissores que mediam esse processo, em que nosso cérebro caprichoso orquestra à vontade a magia, desejo e obsessão.
Não é assim. Cada um de nós tem uma determinada preferência, muito profunda, idiossincrática e às vezes até inconsciente. Há também evidências claras de que muitas vezes nos apaixonamos por pessoas com características semelhantes às nossas: grau de inteligência similar, senso de humor parecido, mesmos valores…
No entanto, há algo chamativo e ao mesmo tempo fascinante em tudo isso. Podemos estar em uma sala de aula com 30 pessoas com características semelhantes às nossas, gostos parecidos e valores semelhantes, e nunca nos apaixonaremos por todas elas. O poeta e filósofo indiano Kabir disse que o caminho do amor é estreito e que, no coração, há espaço para apenas uma pessoa. Então… quais outros fatores propiciam semelhante feitiço e o que entendemos como a química do amor?
“Dopamina, norepinefrina, serotonina… Somos uma fábrica de drogas naturais quando nos apaixonamos.”
-Helen Fisher-

O aroma dos genes

Intangível, invisível e imperceptível. Se dissermos neste momento que nossos genes dão origem a um cheiro particular capaz de despertar a atração entre algumas pessoas e não em outras, é bem possível que mais de um levante uma das sobrancelhas em uma careta de sutil ceticismo.
  • No entanto, mais do que os genes, o que desprende um aroma particular – do qual não somos conscientes, mas que guia nossa conduta de atração – é o nosso sistema imunológico e, especificamente, as proteínas MHC.
  • Essas proteínas têm uma função muito específica em nosso organismo: desencadeiam a função defensiva.
  • Sabe-se, por exemplo, que as mulheres se sentem inconscientemente mais atraídas por homens com um sistema imunológico diferente do seu. É o cheiro que as orienta nesse processo e, se preferem os perfis genéticos diferentes dos seus, é por uma razão muito simples: a descendência com esse par daria lugar a uma criança com uma carga genética mais variada.


 Casal apaixonado


A dopamina: me sinto bem com você, “preciso” estar ao seu lado e não sei por quê

Podemos ter diante de nós uma pessoa extremamente atraente, e no entanto ainda há algo que falta. Ela não nos faz sentir bem, a conversa não flui, não há sintonia, conforto ou qualquer tipo de conexão. Muitos não duvidariam em dizer que “não há química”, e isso não seria nenhum erro.
  • A química do amor é autêntica por uma razão muito simples: cada emoção é impulsionada por um neurotransmissor particular, um componente químico que o cérebro irá liberar com base em um determinado conjunto de estímulos e fatores mais ou menos conscientes.
  • A dopamina, por exemplo, é o componente biológico que nos “acende”. É uma substância química relacionada essencialmente com o prazer e a euforia. Há pessoas que, de repente, se tornam o objeto de todas as nossas motivações quase que instintivamente. Estar com elas nos gera um prazer indiscutível, um bem-estar sensacional e uma atração às vezes cega.
  • A dopamina, por sua vez, é o neurotransmissor que também desempenha o papel de hormônio e que está associado a um sistema de recompensa muito poderoso, ao ponto de ter em nosso cérebro até 5 tipos de receptores.
Além disso, algo que todos nós já experimentamos alguma vez é a persistente necessidade de estar com uma pessoa em particular, e não outra. A paixão nos torna seletivos e é a dopamina que nos obriga a focar “todo o nosso mundo” naquela pessoa em particular, até o ponto de ficarmos “obcecados”.

Norepinefrina: ao seu lado, tudo é mais intenso

Sabemos que uma pessoa nos atrai porque produz uma montanha-russa de sensações caóticas, intensas, contraditórias e às vezes até incontroláveis. Nossas mãos suam, comemos menos, dormimos apenas algumas horas ou nenhuma, pensamos menos claramente. Assim, quase sem percebermos, nos vemos convertidos em um pequeno satélite que gira em torno de um único pensamento: a figura da pessoa amada.
  • Perdemos a razão? Em absoluto. Estamos sob o controle da norepinefrina, a qual estimula a produção de adrenalina. É ela quem faz com que o nosso coração acelere, que a palma de nossas mãos suem, e que se ativem ao máximo todos os nossos neurônios noradrenérgicos.
  • O sistema da noradrenalina tem pouco mais de 1.500 neurônios em cada lado do cérebro, não é muito, mas quando ativados se “multiplicam”, por assim dizer, um sentimento transbordante de alegria, exuberância, de nervosismo excessivo ao ponto de desativar por exemplo, a sensação de fome ou a indução do sono.

Querido, você me dispara a “feniletilamina”

Quando estamos apaixonados, há um composto orgânico que nos domina completamente: a feniletilamina. Como a própria palavra nos indica, estamos diante de um elemento que compartilha muitas semelhanças com as anfetaminas e que, combinada com a dopamina e a serotonina, sintetiza a receita perfeita para um filme de amor.
  • Como um fato curioso, se há um alimento famoso por conter feniletilamina, é o chocolate. No entanto, sua concentração não é tão elevada quanto no queijo. Na verdade, a feniletilamina do chocolate é metabolizada muito rapidamente em comparação com a de alguns produtos lácteos.
  • Este composto orgânico é como um dispositivo biológico que procura “intensificar” todas as nossas emoções.
A feniletilamina é como o açúcar em uma bebida ou o verniz que colocamos em uma tela: tudo se torna mais intenso. É ela quem intensifica a ação da dopamina e da serotonina, ela quem constitui a autêntica química do amor para fazer nos sentirmos felizes, realizados e incrivelmente motivados…
 Feniletilamina

Serotonina e oxitocina: a união que fortalece nossa paixão

Os neuroquímicos dos quais falamos até agora (a dopamina, a norepinefrina e a feniletilamina) são as três frações do inquestionável poder que rege os primeiros momentos de paixão, onde o desejo, o nervosismo, a paixão ou a obsessão pela pessoa amada guiam cada um de nossos comportamentos.
Isso não significa que nessa primeira fase não estiveram presentes a oxitocina e a serotonina, pois estavam. No entanto, é um pouco mais tarde que estas últimas adquirem uma maior relevância, quando ambos os neurotransmissores irão intensificar muito mais os nossos laços, nos encorajando a entrar numa fase mais enriquecedora onde iremos fortalecer o vínculo.
Vejamos com detalhes:
A  oxitocina é o hormônio que molda o amor em “letras maiúsculas”. Já não falamos da mera “paixão” ou da atração (onde as substâncias acima mencionadas intervêm mais); nos referimos à necessidade de cuidar do ser amado, de lhe proporcionar carinho, de acariciá-lo, de ser parte da pessoa amada em um compromisso a longo prazo.
Por outro lado, cabe destacar mais uma vez que a oxitocina está associada, acima de tudo, à geração de laços afetivos, e não apenas aos relacionados à maternidade ou à sexualidade. Sabe-se, por exemplo, que quanto maior é o nosso contato físico, quanto mais nos acariciamos, abraçamos ou beijamos, mais oxitocina nosso cérebro irá liberar.

 Estrutura química da oxitocina

 A serotonina, por sua vez, pode ser resumida em uma palavra: felicidade. Ela adquire maior relevância mais adiante no relacionamento, por uma razão muito simples. Aparece em um momento no qual percebemos que estar ao lado dessa pessoa em particular é experimentar uma felicidade mais intensa. Portanto, é necessário investir esforços e compromissos nesse relacionamento para manter esse estado emocional tão positivo.
  • A serotonina nos proporciona bem-estar quando as coisas vão bem, dando-nos otimismo, bom humor e satisfação.
  • No entanto, quando depois da paixão começamos a notar, por exemplo, que a outra pessoa se afasta, que a coisa esfria ou que não vai além do plano sexual, os níveis de serotonina podem cair nos aproximando de um estado de desamparo e angústia muito intensos, onde pode aparecer uma depressão.
 Casal de mãos dadas observando o pôr do sol


Para concluir, a química do amor orquestra, queiramos ou não, grande parte do nosso comportamento. Isso acontece tanto na paixão quanto nas fases posteriores, onde entram em ação outros fatores orientados para construir o compromisso e estabilidade em casal.
Além disso, a Dra. Helen Fisher nos aponta em seus trabalhos que o ser humano não é a única criatura capaz de se apaixonar. Como o próprio Darwin apontou em sua época, em nosso mundo há mais de 100 espécies, desde elefantes, pássaros e até roedores que escolhem um companheiro e permanecem com ele por toda a vida. Sentem aquilo que os especialistas rotularam como “um amor romântico primitivo”.
Pode ser que definir essa emoção universal em termos de química seja um pouco sugestivo, como dizia Einstein, mas é o que todos nós somos: uma fabulosa estrutura de células, reações elétricas e impulsos nervosos capazes de nos oferecer a mais requintada felicidade…

Referências bibliográficas

Giuliano, F.; Allard J. (2001). Dopamina e função sexual. Int J Impot Press.
Sabelli H, Javaid J. Modulação fenileticamina de efeito: implicações terapêuticas e diagnósticas. Journal of Neuropsychiatry 1995; 7: 6-14.
Fisher, H. (2004). Por que amamos: a natureza e a química do amor romântico. Nova Iorque: Henry Holt.
Garrido, José María (2013). A química do amor. Madrid. Chiado Editorial
Fisher, Helen (2009). Por que amamos. Madrid: Taurus

Abrácidos Exotérmicos;

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terça-feira, 15 de outubro de 2019

Como fazer a água não congelar?


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Nos países onde o clima é muito frio, é comum adicionar aditivos especias nos radiadores dos automóveis para evitar o congelamento da água.
Utilizando um dos conhecimentos de propriedades coligativas, a crioscopia, é custume adicionar etilenoglicol na água do radiador.
Isso faz com que diminua a temperatura de congelamento e causa o aumento da temperatura de ebulição. Neste caso, o interesse é que a água não congele.

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quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Qual a importância do ferro no nosso organismo?

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O ferro desempenha um papel importante nos processos metabólicos dos animais, sendo um constituinte vital das células de todos os mamíferos.
A função do ferro no corpo limita-se quase exclusivamente ao transporte de oxigênio no sangue por intermédio da hemoglobina existente nos glóbulos vermelhos.
Um homem adulto absorve cerca de 5mg de ferro por dia, enquanto a mulher absorve ligeiramente mais para contrabalançar as perdas durante a menstruação ou gestação.
Nas crianças, a absorção de ferro é muito maior, excedendo de 10mg a 15mg por dia.
Há vários sais ferrosos, como o sulfato ferroso, que são bastante eficazes no tratamento de anemia devido à deficiência de ferro.
Dos alimentos de origem animal mais ricos em ferro, destacam-se o fígado, o peixe e a gema de ovo. Dentre os vegetais, são os feijões e ervilhas, de modo geral, as hortaliças. 

Abrácidos Exotérmicos;

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terça-feira, 8 de outubro de 2019

A deliciosa química do chocolate.

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O chocolate é um dos poucos alimentos que provoca paixões. O simples ato de pensar naquela barrinha preta e cremosa derretendo na boca e liberando seus 80% de cacau já é estimulante e desencadeia boas sensações. O cacau é repleto de substâncias psicoativas, tais como teobromina, cafeína, serotonina e histamina, entre outras centenas já conhecidas.
Theobroma cacao, conhecida como cacaueiro ou árvore da vida, é originária das Américas Central e do Sul. Considerado um presente dos Deuses pelas civilizações Maia e Asteca (Theo-broma = comida dos Deuses), o cacau produzia uma bebida amarga, além de ser utilizado como moeda: com 100 grãos comprava-se um escravo, com 12 os serviços de uma cortesã e com 10 adquiria-se um coelho.
Os europeus “reinventaram” o chocolate para a forma que conhecemos hoje, moendo e prensando as sementes torradas para produzir o licor de cacau, o pó e a manteiga. Após a colheita, os grãos são fermentados e secos por vários dias e, então, torrados. Aproximadamente 55% do licor consiste em manteiga de cacau, uma mistura de diferentes triglicerídeos. A concentração desses lipídeos no licor é muito alta para produzir o cacau em pó e muito baixa para dar a consistência ideal ao chocolate que comemos. O truque do processo é remover, por prensagem, cerca de metade da manteiga para produzir o pó e usar a manteiga resultante para adicionar ao licor e produzir o chocolate em barra.
Durante o processo de fabricação as amêndoas do cacau passam por vários estágios de aquecimento para remover a água e favorecer as reações entre os açúcares e os aminoácidos, dando cor, sabor e aroma. A massa que vai sendo produzida é mantida em constante movimento, reduzindo as partículas do açúcar adicionado e aperfeiçoando a textura final do chocolate. Além do controle da quantidade de gordura, fundamental para a viscosidade final, a adição de açúcar, leite, aromatizantes e uma série de outros ingredientes é o segredo do sucesso de cada fabricante. 

Prof. Cezário Júnior


A farinha Ela é o principal ingrediente para a fabricação do pão. E, embora possa ser produzido com diversos cereais, o trigo é o de melhor desempenho na panificação graças aos bons teores de amido e proteína. A água Quando o padeiro mistura a farinha com a água, as partículas de amido e proteína ficam hidratadas, o que interfere na elasticidade da massa. O glúten Dessa mistura de água e farinha, surge uma substância chamada glúten. Trata-se de uma espécie de rede de proteínas, que tem um papel importante para a textura do pão. Fermento Outro ingrediente básico é o fermento, que é feito de leveduras, ou seja, micro-organismos que adoram comer os açúcares da farinha. O mais famoso desses micro-organismos atende pelo nome de Saccharomyces cerevisiae. Descanso Depois que o padeiro misturou a farinha, a água e o fermento, ele deixa a massa descansar por algum tempo para que algumas reações químicas aconteçam e ela começa a crescer. Fermentação O aumento no volume começa porque as leveduras, que continuam comendo os açúcares, passam a fabricar bolhas de gás carbônico. Crescimento do pão Nesta etapa, entram em ação as redes de glúten- que são formadas por dois tipos de proteína: a glutelina e a gliadina. Elas aprisionam os gases produzidos pelas leveduras. O resultado é que a massa vai ficando cada vez mais inchada. No forno Assim que a massa toma contato com o ar quente, parte da água de sua superfície se evapora e, surge uma crosta, ou melhor, a casca do pão. Eis o pão Quando a massa começa a esquentar, o processo de fermentação se acelera, por isso mesmo ela ainda cresce bastante dentro do forno. Mas quando a temperatura ultrapassam os 80°C, a tendência é que o volume não aumente mais porque a estrutura do glúten se modifica. Aos poucos a massa vai adquirindo a consistência do pão.como criar uma loja virtual
A farinha Ela é o principal ingrediente para a fabricação do pão. E, embora possa ser produzido com diversos cereais, o trigo é o de melhor desempenho na panificação graças aos bons teores de amido e proteína. A água Quando o padeiro mistura a farinha com a água, as partículas de amido e proteína ficam hidratadas, o que interfere na elasticidade da massa. O glúten Dessa mistura de água e farinha, surge uma substância chamada glúten. Trata-se de uma espécie de rede de proteínas, que tem um papel importante para a textura do pão. Fermento Outro ingrediente básico é o fermento, que é feito de leveduras, ou seja, micro-organismos que adoram comer os açúcares da farinha. O mais famoso desses micro-organismos atende pelo nome de Saccharomyces cerevisiae. Descanso Depois que o padeiro misturou a farinha, a água e o fermento, ele deixa a massa descansar por algum tempo para que algumas reações químicas aconteçam e ela começa a crescer. Fermentação O aumento no volume começa porque as leveduras, que continuam comendo os açúcares, passam a fabricar bolhas de gás carbônico. Crescimento do pão Nesta etapa, entram em ação as redes de glúten- que são formadas por dois tipos de proteína: a glutelina e a gliadina. Elas aprisionam os gases produzidos pelas leveduras. O resultado é que a massa vai ficando cada vez mais inchada. No forno Assim que a massa toma contato com o ar quente, parte da água de sua superfície se evapora e, surge uma crosta, ou melhor, a casca do pão. Eis o pão Quando a massa começa a esquentar, o processo de fermentação se acelera, por isso mesmo ela ainda cresce bastante dentro do forno. Mas quando a temperatura ultrapassam os 80°C, a tendência é que o volume não aumente mais porque a estrutura do glúten se modifica. Aos poucos a massa vai adquirindo a consistência do pão.como criar uma loja virtual
A farinha Ela é o principal ingrediente para a fabricação do pão. E, embora possa ser produzido com diversos cereais, o trigo é o de melhor desempenho na panificação graças aos bons teores de amido e proteína. A água Quando o padeiro mistura a farinha com a água, as partículas de amido e proteína ficam hidratadas, o que interfere na elasticidade da massa. O glúten Dessa mistura de água e farinha, surge uma substância chamada glúten. Trata-se de uma espécie de rede de proteínas, que tem um papel importante para a textura do pão. Fermento Outro ingrediente básico é o fermento, que é feito de leveduras, ou seja, micro-organismos que adoram comer os açúcares da farinha. O mais famoso desses micro-organismos atende pelo nome de Saccharomyces cerevisiae. Descanso Depois que o padeiro misturou a farinha, a água e o fermento, ele deixa a massa descansar por algum tempo para que algumas reações químicas aconteçam e ela começa a crescer. Fermentação O aumento no volume começa porque as leveduras, que continuam comendo os açúcares, passam a fabricar bolhas de gás carbônico. Crescimento do pão Nesta etapa, entram em ação as redes de glúten- que são formadas por dois tipos de proteína: a glutelina e a gliadina. Elas aprisionam os gases produzidos pelas leveduras. O resultado é que a massa vai ficando cada vez mais inchada. No forno Assim que a massa toma contato com o ar quente, parte da água de sua superfície se evapora e, surge uma crosta, ou melhor, a casca do pão. Eis o pão Quando a massa começa a esquentar, o processo de fermentação se acelera, por isso mesmo ela ainda cresce bastante dentro do forno. Mas quando a temperatura ultrapassam os 80°C, a tendência é que o volume não aumente mais porque a estrutura do glúten se modifica. Aos poucos a massa vai adquirindo a consistência do pão.como criar uma loja virtual
A farinha Ela é o principal ingrediente para a fabricação do pão. E, embora possa ser produzido com diversos cereais, o trigo é o de melhor desempenho na panificação graças aos bons teores de amido e proteína. A água Quando o padeiro mistura a farinha com a água, as partículas de amido e proteína ficam hidratadas, o que interfere na elasticidade da massa. O glúten Dessa mistura de água e farinha, surge uma substância chamada glúten. Trata-se de uma espécie de rede de proteínas, que tem um papel importante para a textura do pão. Fermento Outro ingrediente básico é o fermento, que é feito de leveduras, ou seja, micro-organismos que adoram comer os açúcares da farinha. O mais famoso desses micro-organismos atende pelo nome de Saccharomyces cerevisiae. Descanso Depois que o padeiro misturou a farinha, a água e o fermento, ele deixa a massa descansar por algum tempo para que algumas reações químicas aconteçam e ela começa a crescer. Fermentação O aumento no volume começa porque as leveduras, que continuam comendo os açúcares, passam a fabricar bolhas de gás carbônico. Crescimento do pão Nesta etapa, entram em ação as redes de glúten- que são formadas por dois tipos de proteína: a glutelina e a gliadina. Elas aprisionam os gases produzidos pelas leveduras. O resultado é que a massa vai ficando cada vez mais inchada. No forno Assim que a massa toma contato com o ar quente, parte da água de sua superfície se evapora e, surge uma crosta, ou melhor, a casca do pão. Eis o pão Quando a massa começa a esquentar, o processo de fermentação se acelera, por isso mesmo ela ainda cresce bastante dentro do forno. Mas quando a temperatura ultrapassam os 80°C, a tendência é que o volume não aumente mais porque a estrutura do glúten se modifica. Aos poucos a massa vai adquirindo a consistência do pão.como criar uma loja virtual

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Luzes de Néon: Excitação Eletrônica

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Você já se viu encantado pelas luzes de Néon? Aquelas presentes em festas, em acessórios de animação e carros. Elas se destacam mais na penumbra, estas luzes são originadas do fenômeno chamado de fluorescência, que nada mais é do que a excitação dos elétrons. O movimento dos elétrons produz energia capaz de gerar luz.
As luzes de Néon equivalem à fluorescência do gás Neon (elemento químico) mediante a passagem de uma corrente elétrica. Esse gás é obtido do ar atmosférico pelo processo da liquefação fracionada e é muito utilizado comercialmente.

A luz emitida do gás Neon é semelhante à das lâmpadas fluorescentes, onde os elétrons presentes são excitados até que retornem à órbita original. Essa órbita energizada emite luz, que só é transmitida enquanto há fornecimento de energia. Se o abastecimento for interrompido, ou seja, quando os elétrons retornam à estabilidade, cessa a emissão de energia.

Abrácidos Exotérmicos;

Prof. Cezário Júnior.