terça-feira, 27 de novembro de 2018

Por que a voz muda quando inalamos gás hélio ?


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Didaticamente dividimos a fala em quatro etapas: controle da respiração, fonação, ressonância e articulação.
Nós usamos as estruturas da fala, o que chamamos de aparelho fonador, na verdade é um sistema compartilhado entre a respiração, a alimentação e a fala. Quanto mais ar na respiração, mais intensidade conseguimos dar para nossa fala e isso pode ser treinado para o canto ou quando falamos mais alto, nós fazemos uma interferência nesse mecanismo.
O ar quando passa pela laringe e tem um bloqueio das pregas vocais (que são músculos que estão na laringe), quando elas estão próximas uma das outros e o ar passa na expiração nós temos uma produção de um som, e essa produção de som chamamos de fonação.
A ressonância é a amplificação do som e essa amplificação dá algumas características da voz da pessoa e é feita pelas cavidades de ressonância que são a laringo-faringe, a cavidade oral e a cavidade nasal e a voz se modifica de acordo conforme o padrão de ressonância.
E a articulação que é a produção dos fonemas da fala.
Todos nós temos vozes diferentes mas voz não é alterada só pela fisiologia. A densidade do gás inalada que passa pelas pregas vocais também importa. Porque ela influencia na velocidade com que o som se propaga através da fórmula v = √(γ*P)/d, onde a velocidade de propagação depende do tipo de gás, da pressão do gás (nesse caso a atmosférica) e da densidade. Ou seja, quanto menor a densidade do gás, maior a velocidade de propagação.
A densidade do gás hélio é menor do que a do ar atmosférico, tanto é que as bexigas com gás hélio flutuam. Portanto o som se propaga mais rápido no gás hélio.
Mas o que isso tem a ver com a voz ficar mais aguda ou mais grave?
Quanto maior a frequência, mais agudo será o som e quanto menor a frequência, mais grave.
A velocidade de propagação se relaciona com a frequência através da seguinte fórmula:
Vp = γ * f
Ou seja, quanto maior a velocidade de propagação maior será a frequência das ondas sonoras, assim a sua voz ficará mais aguda.

Abrácidos Exotérmicos;

Prof. Cezário Júnior.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Qual é o elemento mais radioativo?

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Radioatividade é a emissão de partículas ou ondas eletromagnéticas que ocorrem nos núcleos atômicos ou no átomo como um todo. Existem vários tipos de radiação, podendo ser classificados em onze tipos, sendo as mais famosas a alfa, a beta e a gama. A emissão da radiação alfa é, basicamente, a emissão do núcleo do átomo de hélio, ou seje, dois prótons e dois nêutrons. Portanto, é uma radiação massiva, mais pesada e com carga positiva. A radiação beta é a emissão de elétrons ou pósitrons, que é a antipartícula do elétron, sendo que a primeira possui carga negativa e a segunda positiva. Essa é bem mais leve que a alfa, chegando a ser 1840 vezes menor. O último tipo, a radiação gama é a emissão de ondas eletromagnéticas sem massa e sem carga elétrica. Para fins de diferenciação entre esses três tipos de radiação, é possível posicionar um campo eletromagnético na saída da fonte de emissão dessas radiações, experimento que foi realizado pela primeira vez por Rutherford. Em seu estudo, ele identificou os tipos alfa e beta, sendo que a primeira sofre uma pequena deflexão, graças a sua maior massa, na direção das cargas positivas, enquanto a outra, por ser muito mais leve, sofre uma deflexão maior. A radiação gama não sofre deflexão, ou seja, perpassa o campo eletromagnética em linha reta. Com relação à penetração, a alfa é a menos penetrante, seguida pela beta e pela gama, sendo que essa última não é, a princípio, parada em qualquer circunstância, sofrendo apenas uma atenuação em seu feixe que será diretamente proporcional à espessura do que atravessa.
As explosões nucleares que ocorreram no Japão na Segunda Guerra Mundial e a energia utilizada nas usinas termonucleares são provenientes de átomos que emitem muita radiação gama, radiação essa que é também utilizada para se obter radiografias e conservar alimentos.
Fazer uma escala de qual é o elemento mais radiativo é uma tarefa muito difícil, pois isso depende do tempo de meia-vida, da quantidade de material que se tem e pela quantidade de partículas que é emitida por esse material. Internacionalmente, os critérios são a quantidade de radiação emitida pelo material, a quantidade de radiação que pode ser absorvida por alguém ou algo próximo ao material radioativo e o risco de alguém sofrer danos à saúde pelo contato com o material.
O polônio, de massa atômica 210, como um elemento bastante radioativo, já que seu tempo de meia-vida é muito pequeno, ou seja, ele decai rapidamente, emitindo uma grande quantidade de partículas alfa, Um grama desse material pode matar 50 milhões de pessoas.
O tempo de meia-vida está intimamente ligado à instabilidade do núcleo. Um dos elementos mais instáveis tem o número atômico 118, elemento não natural que recentemente recebeu o nome de oganessônio (Og). Esse é, ao que tudo indica, um dos elementos mais instáveis e que, portanto, teria um menor tempo de meia-vida.

Abrácidos Exotérmicos;

Prof. Cezário Júnior.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Como se dá o endurecimento do pão?

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Para entender o endurecimento do pão, primeiro nós devemos saber quais são os ingredientes básicos que ele leva que são a farinha de trigo, água, sal, fermento, margarina e açúcar, sendo que na farinha de trigo há presença de amido. Antes do cozimento, esse amido se encontra na forma de grânulos, esses grânulos são constituídos de polissacarídeos que são insolúveis em água fria, fazendo com que as moléculas fiquem cristalinas, ou seja, bem juntinhas. Conforme o cozimento da massa, esses grânulos de amido incham, isso porque com o aquecimento o amido permite a entrada da água. Esse inchamento diminui o número e o tamanho das regiões cristalinas e aumenta as ligações do amido com a água. É nesse momento que o pão assume a consistência macia e ocorre a gelatinização do amido. Depois de certo tempo tende a ocorrer o envelhecimento do pão, em que o amido começa a expulsar o excesso de água, voltando a sua forma cristalina. Este fenômeno é conhecido como retrogradação do amido, em que essa rede começa a se contrair e espremer para fora o excesso de água, fazendo com que o pão endureça.
Experimento:
Nós resolvemos fazer um experimento com quatro pães armazenados em condições diferentes para nós vermos as condições de cada um. O primeiro foi armazenado fora da geladeira e dentro de um saquinho totalmente fechado, o segundo foi armazenado fora da geladeira e fora do saquinho, o terceiro foi armazenado dentro da geladeira e com saquinho e o quarto foi armazenado dentro da geladeira e sem saquinho.
Vamos abrir agora o primeiro pão que estava fora da geladeira e no saquinho, para a gente conferir a consistência. Ele está murcho, um pouco seco e não está esfarelando. O segundo pão que estava fora da geladeira e fora do saquinho está duro, seco e esfarelando bastante. O terceiro pão que estava no saquinho e dentro da geladeira está murcho, um pouco seco e não está esfarelando, assim como o primeiro pão. E o último pão que estava sem saquinho e dentro da geladeira está duro, seco e esfarelando, assim como o segundo pão.
Como pudemos perceber o pão que estava em um saquinho hermeticamente fechado e fora da geladeira e o pão que estava em um saquinho hermeticamente fechado e dentro da geladeira estão iguais na textura, assim como o segundo pão e o quarto pão que estavam fora da geladeira e dentro da geladeira sem saquinho, também tem uma textura igual, ou seja, nós concluímos que a temperatura do ambiente não influencia na textura dos pães, mas sim o saquinho, por que isso acontece? O pão que fica no saquinho perde água, porém essa água fica retida no saquinho, o que deixa o pão murcho. Já o pão que fica tanto dentro da geladeira quanto fora, porém sem o saquinho também perde água e essa água se espalha no ambiente, por isso que ele fica seco. De qualquer forma que você armazenar o pão, tanto no saquinho quanto fora, na geladeira ou não, ele vai sofrer o envelhecimento, então a melhor forma de armazenar o pão é colocando no freezer, porque assim ele vai cessar a retrogradação do amido e após esquentar, é o pão que vai ficar com a textura mais parecida com um pão fresco, pão normal.

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terça-feira, 20 de novembro de 2018

Todo composto possui pH mesmo que não possua H ou OH?


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Para compreender um pouquinho sobre pH nós temos que entender como as
substâncias interagem entre si em solução aquosa. Nós temos aqui representado uma molécula de água e HCl. A molécula de de água (H2O) possui uma
estrutura angular e também é uma molécula polar, afinal de contas o átomo de oxigênio é mais eletronegativo do que o átomo de hidrogênio. Deste modo têm-se uma carga parcial negativa sobre o átomo de oxigênio e uma carga parcial positiva sobre o átomo de hidrogênio. A mesma coisa acontece com a molécula de HCl afinal de contas o átomo de cloro é mais a eletronegativo do que o átomo de hidrogênio.
Quando moléculas polares interagem entre si pode haver rompimento de uma ligação covalente e transferência de hidrogênio para outra a molécula. Nesse caso, forma-se uma molécula de íon hidroxônio e um íon cloreto Cl- que ficará em solução. O mesmo que acontece entre uma molécula de água e uma molécula de HCl vai acontecer entre duas moléculas de água ou seja: duas estruturas polares que são capazes de interagir entre si resultando na transferência de um hidrogênio para outra molécula e rompimento de uma ligação química íons hidroxônio novamente e um íon hidróxido H3O+. Todas essas espécies estão todas dentro de um mesmo compartimento. Dependendo da quantidade de íons H+) esta solução estará ácida (concentração de íons H+ maior do que a concentração de íons OH-). Se houver uma concentração de íons OH- maior do que a concentração de íons H+) a solução estará alcalina.
Há uma medida para quantificar o quanto ácido ou o quanto alcalino está uma soluação: o pH (potencial hidrogeniônico).

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segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Por que o gelo fica com menor densidade do que a água líquida?

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A molécula de água é formada por dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio em uma geometria angular. Como o átomo de oxigênio é mais eletronegativo do que o de hidrogênio, forma-se uma carga parcial negativa sobre o átomo de oxigênio e cargas parciais positivas sobre os átomos de hidrogênio.
Na água líquida, embora haja alguma orientação das moléculas de água elas possuem mobilidade.
Quando há a passagem do estado líquido para o estado sólido, forma-se o que chamamos de retículo cristalino, ou seja uma estrutura organizada em que estas moléculas não possuem mais a livre movimentação de antes.
Ao formar este retículo cristalino, o espaçamento entre as moléulas de água aumenta.
Se, em uma determinada massa há um certo número de moléculas, e se o espaço entre essas moléculas aumenta, então a densidade diminui. Logo, o gelo fluta sobre a água líquida.

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quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Por que a Coca-Cola corrói os ossos?

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A Coca-Cola, assim como outras bebidas, inclusive sucos naturais, possui uma quantia considerável de ácidos, em especial cítrico e fosfórico, e, portanto, um baixo pH e um caráter corrosivo.
Para desvendar a veracidade da questão, um experimento foi realizado, no qual submergiu-se ossos de galinha em três diferentes substâncias durante aproximadamente um mês: limão, vinagre e a própria Coca-Cola, sendo que todas apresentam pHs próximos. Os resultados obtidos foram:
  • Coca-Cola: a dureza permaneceu a mesma, sendo que a mudança ocorreu somente em sua coloração, que se tornou mais escura;
  • Limão: o osso amoleceu, com pouca intensidade, apenas em suas extremidades;
  • Vinagre: assim como o limão, as extremidades se apresentaram mais maleáveis, porém com uma maior intensidade.
Em resposta ao feito o osso ao ser retirado do corpo humano, mostra-se desprovido de qualquer defesa biológica. Sendo assim, o experimento realizado não demonstra uma situação realista. Além disso, a mesma ainda afirma que todos os refrigerantes contém uma certa quantidade de componentes ácidos em dose elementar.
O refrigerante de cola, o mais consumido, possui em sua fórmula o ácido fosfórico que, juntamente com os açúcares, tem como função disfarçar o gosto amargo da bebida. Sobre esse composto, existem preocupações públicas que dizem respeito à fixação de cálcio no organismo, já que esse reage com o ácido e forma fosfato de cálcio, que é facilmente expelido pelo organismo. No entanto, não há a descalcificação do osso, visto que, para isso, o refrigerante teria de entrar em contato direto com o tecido ósseo, o que não ocorre com o consumo do líquido.

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terça-feira, 13 de novembro de 2018

O pH só vai até 14?

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pH é o potencial hidrogeniônico que mede a concentração de íons de uma determinada substância. Para medir a concentração foi criada uma escala conhecida como escala de pH, que possibilita medir o teor ácido ou básico e varia de 0 a 14 de acordo com uma equação matemática que considera o logarítmo da concentração de íons H+(aq) em solução aquosa. Nessa escala, a substância que tem o pH menor que 7 e maior que 0 são consideradas ácidas. Já as substâncias que tem pH maior que 7 e menor que 14 são consideradas básicas. E ainda temos as substâncias que têm o pH = 7 e são neutras.
Experimento
  • 1ª parte
Antes de começarmos o experimento, vamos lembrar que as concentrações da solução e de íons H+(aq) podem ser diferentes, mas no caso do HCl(aq) e do NaOH(aq) elas são iguais. No primeiro béquer temos uma solução de HCl(aq) com concentração de 0,1 mol/L, que também pode ser escrito como 10-1 mol/L.  Aplicando essa concentração na fórmula – log 10-1 o resultado será 1,0 que seria o pH teórico da solução.
No segundo béquer temos uma solução de NaOH(aq) com concentração de 1 mol/L. Aplicando na fórmula  nós temos – log 1 e isso vai dar 0, mas como é uma base e não um ácido, nós invertemos a escala e então ele vai ser igual a 14.
Na terceira solução temos uma concentração de HCl(aq) de 6 mol/L e partindo do mesmo princípio nós chegaríamos a um valor de pH teórico negativo. 
Na quarta solução de NaOH(aq) com concentração de 4 mol/L pela mesmo lógica nós chegaríamos a esse valor de pH maior do que 14.
  • 2ª parte
Então conforme nós pudermos perceber através das demonstrações matemáticas feito com log e das medições feitas com o pHmetro, o pH pode ser sim superior a 14 e inferior a 0.
Aqui nós acrescentamos os indicadores universais de pH e conforme vocês podem perceber com a escala universal de pH, o pH mais ácido que seria o 1 fica com a cor vermelha, enquanto o pH mais básico ficaria em um tom lilás. Só que aqui nós temos um tom diferente de azul que não vai de acordo com essa escala porque o pH ultrapassa o 14 e isso significa que ele não está conforme a escala de pH, assim como essa cor aqui, o rosa, que também está fora de pH e tem o pH igual a -0,78.
  • 3ª parte
Na natureza, em nascentes vulcânicas já foram encontradas substâncias que tinham pH que girava em torno de . Foram feitas algumas tentativas de se criar uma escala de pH que agregassem esses valores maiores do que 14 e menores do que 0, mas elas envolviam fórmulas muito complexas, que fez com que elas fossem abandonadas pela não praticidade do seu uso. Para se fazer a escala normal de pH, foram utilizados valores padrões de certos ácidos, por isso só vai de 0 até 14. 

Abrácidos Exotérmicos;

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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

O que é fogo? Fogo é matéria?

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fogo é uma manifestação da liberação de energia em reações químicas sendo esta uma forma de energia térmica, o calor. A coloração que observamos que no fogo é originada pelos gases liberados na combustão. Esses gases quando entram em contato com o calor liberado produzem diferentes cores.
Por exemplo, o fogo de uma vela acesa é amarela enquanto o fogo do metanol queimando é incolor.
Matéria é tudo que tem massa que ocupa espaço ou seja tem um volume.
O fogo não é considerada matéria porque como a gente viu o fogo é energia térmica e a sua coloração vai depender do combustível.

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quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Por que o bolo cresce quando vai para o forno?

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O que rola na sua cozinha é pura química! A gente explica as reações e a principal função dos ingredientes


QUÍMICA DO BOLO
O principal ingrediente para o crescimento de um bolo é o fermento, mas não é qualquer um: tem que ser o fermento químico em pó – e seu nome não é à toa. Três componentes químicos inseridos no fermento são fundamentais para que o bolo cresça e tome forma: bicarbonato de sódio (NaHCO3), fosfato monocálcico (Ca(H2PO4)2) e pirofosfato ácido de sódio (Na2H2P2O7).
REAÇÃO RÁPIDA
Ao misturar o fermento à massa, o fosfato monocálcico e o bicarbonato de sódio reagem com o ingrediente líquido utilizado para fazer o bolo (como leite ou água). A reação ocasiona a formação de gás carbônico (CO2), que libera pequenas bolhas, responsáveis pelo crescimento da massa – e ela já começa a crescer quando está sendo misturada, geralmente na batedeira.
AJUDINHA QUENTE
O calor do forno faz com que o pirofosfato ácido de sódio e o bicarbonato de sódio reajam mais rapidamente e gerem mais gás carbônico. Assim, mais e mais bolhas são liberadas, e a massa se expande. Por isso, se a temperatura não estiver bem regulada ou se a porta do forno for aberta antes de a massa ganhar corpo, o bolo embatuma ou fica solado – e aí já era!

Abrácidos Exotérmicos;

Prof. Cezário Júnior.