O formol ou formaldeído é, na verdade, o composto químico
metanal, pertencente à função orgânica dos aldeídos, cuja
estrutura está representada abaixo:
O metanal pode ser obtido pela destilação seca
da madeira, mas apesar de ter ocorrência natural, ele é um gás
incolor extremamente irritante à temperatura ambiente, pois seu
ponto de ebulição é igual a -21 ºC. Porém, ele é muito solúvel
em água.
Assim, quando o metanal forma com a água uma
solução de 40% de concentração em massa, ele é comercializado
como “formol” ou “formalina” e sua principal utilização é
como conservante de
cadáveres.
Frango em formol
Essa solução de formol também é usada para
diversas aplicações industriais, mas uma que iremos tratar agora
tem causado grande preocupação, que é seu uso em cosméticos. O
seu uso é permitido pela ANVISA
em alguns cosméticos, como endurecedor de unha, com a porcentagem
máxima de 5%, e também em cosméticos capilares, com o limite
máximo de 2%, apenas com a função de conservante desses produtos,
impedindo a proliferação de micro-organismos. Além disso, essa
concentração em massa é feita em indústrias autorizadas e, no
momento de sua fabricação, não pode ser adicionado mais formol ao
produto depois de pronto.
Entretanto, tornou-se comum o uso do formol em
“escovas progressivas” ou “inteligentes” (procedimentos não
regulados pela ANVISA), com o objetivo de alisar os cabelos. O perigo
é que a concentração usada é de 37%, uma concentração sete
vezes maior que a permitida para endurecer as unhas.
Por isso, a ANVISA
proibiu a venda em todo o país dessa solução de formol em
drogarias, farmácias, supermercados, armazéns, empórios, lojas de
conveniência e drugstores. Quem adulterar um produto capilar
adicionando formol estará cometendo um crime hediondo pelo Código
Penal Brasileiro. Lembrando que todas essas proibições também
valem para o glutaraldeído.
Mas por que esse procedimento é tão perigoso?
O principal motivo é que o
formol é comprovadamente cancerígeno,
conforme já mostrado pela Organização Mundial da Saúde
(OMS). Quando a pessoa faz uma escova progressiva com o uso de
formol, são liberados vapores com odor penetrante e irritante em
contato com o calor do secador ou da chapinha. Esses vapores podem
ser inalados tanto pelo cliente quanto pelo profissional (e até
mesmo para outros funcionários e clientes que estiverem no mesmo
ambiente).
Não pare agora... Tem mais depois da
publicidade ;)
Quando absorvido pelo organismo, e principalmente
devido à exposição prolongada, o formol pode causar cânceres de
boca, narina, cérebro, pulmão, sangue e outros. O
uso do formol pode ser fatal, pois já houve casos de
mulheres que morreram
após fazerem escova progressiva nos cabelos.
Além do mais, o próprio cabelo, que deveria ser
o beneficiado, acaba por também sofrer com esse procedimento. O que
acontece é que o formol
destrói as moléculas que dão forma ao cabelo e cria uma capa que
encobre o fio, enquanto os estragos ficam escondidos por dentro.
Essa capa impede que a produção sebácea natural do couro
cabeludo escorra pelo fio, assim, ocorre um excesso
de oleosidade na raiz.
O formol
também pode causar queda de cabelo,
irritação, vermelhidão, dor, queimaduras na pele e nos
olhos, bem como visão embaçada, sendo que em altas concentrações
causam danos irreversíveis. Se for inalado, causa dor de garganta,
irritação no nariz, tosse, diminuição da frequência
respiratória, sensibilização do trato respiratório, graves
ferimentos nas vias respiratórias, levando ao edema pulmonar,
pneumonia e câncer no aparelho respiratório.
Para conscientizar a população de quão sério é
o uso de formol em escovas progressivas, a ANVISA lançou uma
cartilha que alerta contra os perigos do formol e mostra imagens de
mulheres que tiveram esses efeitos indesejáveis.
Se desejar ler essa cartilha completa e ver mais
informações sobre alisantes e formol, acesse o link abaixo:
Abrácidos Exotérmicos;
Prof. Cezário Júnior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário