Radioatividade é a emissão de partículas ou ondas
eletromagnéticas que ocorrem nos núcleos atômicos ou no átomo
como um todo. Existem vários tipos de radiação, podendo ser
classificados em onze tipos, sendo as mais famosas a alfa, a beta e a
gama. A emissão da radiação alfa é, basicamente, a emissão do
núcleo do átomo de hélio, ou seje, dois prótons e dois nêutrons.
Portanto, é uma radiação massiva, mais pesada e com carga
positiva. A radiação beta é a emissão de elétrons ou pósitrons,
que é a antipartícula do elétron, sendo que a primeira possui
carga negativa e a segunda positiva. Essa é bem mais leve que a
alfa, chegando a ser 1840 vezes menor. O último tipo, a radiação
gama é a emissão de ondas eletromagnéticas sem massa e sem carga
elétrica. Para fins de diferenciação entre esses três tipos de
radiação, é possível posicionar um campo eletromagnético na
saída da fonte de emissão dessas radiações, experimento que foi
realizado pela primeira vez por Rutherford. Em seu estudo, ele
identificou os tipos alfa e beta, sendo que a primeira sofre uma
pequena deflexão, graças a sua maior massa, na direção das cargas
positivas, enquanto a outra, por ser muito mais leve, sofre uma
deflexão maior. A radiação gama não sofre deflexão, ou seja,
perpassa o campo eletromagnética em linha reta. Com relação à
penetração, a alfa é a menos penetrante, seguida pela beta e pela
gama, sendo que essa última não é, a princípio, parada em
qualquer circunstância, sofrendo apenas uma atenuação em seu feixe
que será diretamente proporcional à espessura do que atravessa.
As explosões nucleares que ocorreram no Japão na Segunda Guerra
Mundial e a energia utilizada nas usinas termonucleares são
provenientes de átomos que emitem muita radiação gama, radiação
essa que é também utilizada para se obter radiografias e conservar
alimentos.
Fazer uma escala de qual é o elemento mais radiativo é uma
tarefa muito difícil, pois isso depende do tempo de meia-vida, da
quantidade de material que se tem e pela quantidade de partículas
que é emitida por esse material. Internacionalmente, os critérios
são a quantidade de radiação emitida pelo material, a quantidade
de radiação que pode ser absorvida por alguém ou algo próximo ao
material radioativo e o risco de alguém sofrer danos à saúde pelo
contato com o material.
O polônio, de massa atômica 210, como um elemento bastante
radioativo, já que seu tempo de meia-vida é muito pequeno, ou seja,
ele decai rapidamente, emitindo uma grande quantidade de partículas
alfa, Um grama desse material pode matar 50 milhões de pessoas.
O tempo de meia-vida está intimamente ligado à instabilidade do
núcleo. Um dos elementos mais instáveis tem o número atômico 118,
elemento não natural que recentemente recebeu o nome de oganessônio
(Og). Esse é, ao que tudo indica, um dos elementos mais instáveis e
que, portanto, teria um menor tempo de meia-vida.
Abrácidos Exotérmicos;
Prof. Cezário Júnior.
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