sexta-feira, 13 de abril de 2012

História do beijo

O primeiro beijo dado, o sublime beijo, foi o subtil Sopro Vital do Criador, que com amor e através da Respiração Divina criou as nossas almas e as nossas vidas.
Contudo desde o sopro divino de Deus em Adão, passando pelo beijo de Judas em Cristo, até aos beijos dos contos de fadas, o acto de beijar está sempre presente nos momentos marcantes da história, das artes e da literatura.
Existem várias teorias, mas só alguns especialistas avançam com explicações, que remontam à Pré-História.
Diz-se que o beijo evoluiu do acto de cheirar o rosto de alguém para o suave toque entre os lábios, num sinal silencioso utilizado para sentir a identidade do outro.
No entanto para os povos primitivos o ar quente expelido pela boca era entendido como a incorporação da alma. Assim, o beijo entre duas pessoas representava a forma de fundir duas almas.
Mas segundo o cientista Charles Darwin, o beijo era a evolução das mordidas que os macacos davam no parceiro nos rituais pré-sexuais.
Há também quem diga que o beijo surgiu das lambidas que os homens das cavernas davam em seus companheiros em busca de sal, ou ainda, uma variante de um gesto de carinho das mulheres das cavernas que mastigavam o alimento e o colocavam na boca de seus filhos pequenos.
No entanto a história do beijo ainda está longe de ficar explícita. Como tal fundamenta-se que a história do beijo ainda não foi descoberta totalmente pelos historiadores, pois não se sabe ao certo quando ou como surgiu o beijo.
Há quem diga que foi no ano 500 antes de Cristo (a.C.) no entanto, as referências mais antigas aos beijos datam do ano 2500 a.C. esculpidas nas paredes dos templos de Khajuraho*, na Índia.
Os anos passaram e várias civilizações se formaram, mas o beijo continuou a ser encontrado como símbolo de respeito, da amizade e do perdão.
Na Idade Média, o beijo era uma forma de selar acordos. Com a boca fechada, os beijos eram dados com firmeza, ao contrário, demonstravam traição. Mas foi um hábito que se perdeu com a chegada da Peste.
O medo de pegar essa doença fatal de um vizinho, ou amigo, fez com que as pessoas começassem a tirar o chapéu, a curvar-se, fazendo reverências e apertar as mãos como novos gestos populares de cumprimento.
Nessa mesma época, a Igreja Católica proibia o beijo que possuísse qualquer conotação libidinosa, dando origem ao beijo da paz. Este era a saudação entre os religiosos cristãos que simbolizava a caridade e unia os cristãos durante a missa.
No século XV, os nobres franceses podiam beijar qualquer mulher, enquanto que os italianos deveriam se casar com aquela mulher que beijaram em público.
Os romanos tinham 3 tipos de beijos: o basium, trocado entre conhecidos; o osculum, dado apenas aos amigos íntimos; e o suavium, que era o beijo dos amantes.
Entre os romanos o beijo fazia parte da demonstração de poder, pois os nobres mais influentes podiam beijar os lábios dos imperadores romanos, mas os menos importantes tinham de beijar suas mãos e os súbditos só podiam beijar seus pés.
Na Rússia o beijo também era fonte de poder, pois um beijo de Czar era uma das mais altas formas do reconhecimento oficial.
Na Escócia, os padres beijavam os lábios da noiva no final do casamento, como símbolo de felicidade conjugal e depois da cerimónia, na festa, ela beijava os convidados, que em troca lhe davam algum dinheiro.
Já na Grécia, era comum beijar na boca pessoas do mesmo sexo.
Os portugueses também abusavam do seu poder na época do descobrimento do Brasil, porque para os índios o importante era cheirar os corpos, no entanto as índias beijavam-nos entre bocas e línguas.
De alguma forma, cada cultura acolheu e desenvolveu a prática do beijo à sua maneira. Hoje em dia, a diferença entre um beijinho no Japão, na Rússia e na Espanha, por exemplo, é enorme.
Os japoneses consideram o beijo em público um acto obsceno, os russos usavam-no para se cumprimentarem, seja homem com homem, seja homem com mulher, seja mulher com mulher, e os espanhóis por mais que adorem um amigo que encontram, quase nunca o beijam.
Contudo existem algumas sociedades em que o beijo ainda é totalmente desconhecido por exemplo, Somali (país africano do Corno de África), Cewa, Lepcha (pertence a comunidade do Nepal) e Sirionó (pertence à comunidade da Bolívia). Em outras, o beijo é repugnante, como no caso dos Tongas*, do sul da África, que consideram os contactos boca com boca revoltantes, pela possibilidade de troca de saliva.
Em 1909, um grupo de americanos que consideravam o contacto dos lábios prejudicial à saúde criaram a Liga Antibeijo.

ABRÁCIDOS EXOTÉRMICOS;

PROFESSOR JÚNIOR.

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