quarta-feira, 23 de outubro de 2019

A Química Da Felicidade


felicidade

Sonya Lyubomirsky, uma das pesquisadoras que mais contribuiu nesse campo, definiu a existência de dois mitos relacionados à felicidade:

  1. Muitas pessoas pensam que alcançar certos objetivos (trabalho, namorado, etc.) irá torná-las felizes, mas não existe nenhum evento que possa nos garantir a felicidade para sempre.
  2. Há quem acredite que não pode ser feliz, e assim reagem em modo desproporcional àquilo que acontece em suas vidas, pensando que nunca mais poderão ser felizes.
Paul Dolan, autor de Happiness by Design define a felicidade como a soma de prazer e objetivo. O prazer corresponde a se sentir bem, a perceber sensações positivas, e está em oposição ao sofrimento. O objetivo está ligado ao sentimento de que nossas ações tenham um significado, portanto valham a pena.
As pesquisas de Lyubomirsky demonstraram que este tipo de felicidade pode ser forçada dentro da gente pelo simples fato que que ela já está presente em nós. Um experimento conduzido com gêmeos permitiu descobrir que 50% de nossa felicidade (ou infelicidade) é de tipo genético, mas 40% é determinada pela nossa mente e pensamentos. Os demais 10% está à mercê dos eventos externos.

Do ponto de vista químico, a felicidade é uma mistura de:

  • Dopamina: neurotransmissor produzido pelo cérebro que influencia nosso comportamento, humor e motivação.
  • Ocitocina: hormônio do amor, liberado durante o orgasmo, o parto, a amamentação que dá uma sensação de bem-estar.
  • Serotonina: neurotransmissor produzido pelo cérebro e o intestino que regula o humor e o apetite e é utilizado contra a depressão.
  • Endorfinas: substâncias produzidas pelo cérebro parecidas ao ópio que promovem euforia.
Todos nós experimentamos emoções negativas e positivas. As primeiras, como o medo e a raiva, diminuem a atividade do coração e da mente e limitam o número de reações que o nosso cérebro toma em consideração quando for fazer uma escolha.
As emoções positivas aumentam a dopamina e a serotonina, tornando nosso cérebro mais criativo e aberto a novas experiências e capaz de ver as coisas com mais desprendimento, consequentemente aumentando sua capacidade de resolver problemas.

A Action For Happiness sugere os seguintes passos para ser felizes:

  • Se lamente menos, aprecie mais
  • Olhe menos, faça mais
  • Julgue menos, aceite mais
  • Menos medos, mais tentativas
  • Fale menos, escute mais
  • Fique menos bravo, sorria mais
  • Consume menos, crie mais
  • Pegue menos, dê mais
  • Se preocupe menos, dance mais
  • Odeia menos, ame mais
Em The If Principle, Richard Wiseman explicou o funcionamento particular de nosso cérebro, em função do qual não sorrimos porque estamos felizes, mas estamos felizes porque sorrimos. Isto quer dizer que não é o humor a determinar o que fazemos, mas é o que fazemos a determinar o nosso estado de espírito. Para ser mais felizes, portanto, a primeira coisa que precisamos fazer é querer ser mais felizes e nos comportar como se já fôssemos mais felizes. Assim, é preciso começar a sorrir antes de ter um motivo. Tente por exemplo, manter os cantos da boca para cima até o fim desse artigo.
Querer ser feliz significa prestar atenção àquilo que gera emoções positivas, e procurar encontrar aspectos positivos em todas as coisas, incluindo aquelas que parecem negativas, e reviver com frequência as emoções positivas. Para que serviriam todas as fotos que tiramos se não para reviver os melhores momentos da nossa vida?
Você continua sorrindo? O problema é que ser feliz não é fácil, é necessário um constante treinamento de nosso cérebro para aprender a ser feliz.

Abrácidos Exotérmicos;

Prof. Cezário Júnior.

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