quarta-feira, 4 de julho de 2018

Os perigos das escovas “milagrosas”





A escovação dos cabelos à base de chocolate e até de morango com champanhe está literalmente “fazendo a cabeça” das mulheres. O que muita gente não sabe é que elas não possuem propriedades comprovadas de alisamento ou nutrição capilar.

Em se tratando de cabelos, a discussão em torno do uso do formol é uma das mais recorrentes. Escova Francesa, Alisamento Japonês, Escova Definitiva ou Escova Progressiva são modismos que vêm e vão. Os produtos usados nesses procedimentos – e não o procedimento propriamente dito – devem ser registrados na Anvisa.

Formol – Por lei, o uso de formol só é permitido nas formulações com a função de conservante e no limite máximo de 0,2%. O uso indevido de produtos com formol pode causar alergias, irritação nos olhos, vermelhidão, lacrimação e dermatites.

Os Centros de Vigilância Sanitária têm recebido inúmeras denúncias de casos ocorridos pela utilização imprópria de alisantes, causadora de sérios danos à saúde, como queimaduras no couro cabeludo, queda parcial ou total dos cabelos, problemas no trato respiratório e até morte por choque anafilático.

“Minha experiência com a escova progressiva foi, no mínimo, desastrosa. Quando estava já na metade do procedimento, senti uma forte ardência na garganta e nos olhos e nem consegui terminar a aplicação”, conta a arquiteta Larissa Duarte.

A publicitária Patrícia Alencar também viveu de perto os perigos das chamadas escovas milagrosas. “Dois dias após a aplicação, meu couro cabeludo começou a descamar, como se fosse caspa. Depois de uma semana, tufos de cabelos caiam na minha mão quando eu passava a escova”, relembra. “Foi uma experiência horrível e desde então não recomendo para ninguém porque acredito que, realmente, o formol faz muito mal à saúde”, completa a publicitária.

  • A qualidade de vida está diretamente ligada à busca pelos cuidados com a saúde. Porém, segundo Eliane Magalhães, não é preciso recorrer às últimas novidades em cosméticos para a garantia de uma vida saudável.

    “Basta que a pessoa adquira consciência corporal, utilize produtos e faça tratamentos que não façam mal e saiba que, enquanto se cuida adequadamente, está fazendo bem à sua saúde física e mental”, aponta a psicóloga.

    Regras a serem observadas pelos consumidores:

  • Só adquira produtos cuja embalagem esteja intacta e limpa.

  • Ao adquirir produtos cosméticos, verifique se eles possuem registro na Anvisa/Ministério da Saúde. O número de registro de produtos cosméticos inicia-se com dois e pode ter nove ou 13 dígitos. Alguns produtos de menor risco não possuem número de registro, mas estão regularizados na Anvisa e trazem na rotulagem a seguinte informação: REs 335/99 ou REs 343/05, seguida do número de Autorização de Funcionamento da Empresa, que também começa com o número 2.
  • Não utilize cosméticos com prazo de validade vencido. Eles podem não produzir o efeito desejado ou até mesmo prejudicar a saúde.
  • Sempre observe as advertências e restrições de uso.
  • Faça a prova de toque segundo as instruções de uso; você pode ser alérgico ao produto.
  • Caso haja contato do produto com os olhos, lave imediatamente com água corrente e, assim como no caso de ingestão, procure orientação médica.

  • Quando sentir qualquer alteração do produto durante a utilização, interrompa o uso e lave imediatamente, com água corrente, o local de aplicação. Sentindo-se mal ou com irritação persistente, procure socorro médico.
  • Cuidado com o uso de cosméticos em crianças. Utilize somente as linhas infantis destinadas exclusivamente a elas.

Abrácidos Exotérmicos;

Prof. Cezário Júnior

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