Aqui iremos
nos referir aos imprescindíveis fósforos em caixas, caixinhas ou
aqueles presos em cartelas de papelão.
Desde a pré-história (veja em Química Antiga: “A descoberta do fogo”) os homens aprenderam a originar o fogo pela fricção entre pedaços de madeira. Isso ocorre pelo fato de cada substância combustível possuir uma temperatura chamada temperatura de combustão ou temperatura de ignição, que uma vez atingida origina a queima ou combustão. Muitas vezes os grandes incêndios de florestas ocorrem quando a temperatura de ignição espontânea é atingida, em algumas situações não são necessárias fagulhas para o início da combustão.
Desde a pré-história (veja em Química Antiga: “A descoberta do fogo”) os homens aprenderam a originar o fogo pela fricção entre pedaços de madeira. Isso ocorre pelo fato de cada substância combustível possuir uma temperatura chamada temperatura de combustão ou temperatura de ignição, que uma vez atingida origina a queima ou combustão. Muitas vezes os grandes incêndios de florestas ocorrem quando a temperatura de ignição espontânea é atingida, em algumas situações não são necessárias fagulhas para o início da combustão.
No começo do séc. XIX, foram realizadas algumas tentativas como
o uso de combinações ou misturas de produtos químicos, que
favorecessem o início de uma chama ou fogo. Alguns desses processos
utilizavam misturas de fósforo e enxofre, outros ainda hidrogênio
gasoso, mas todos de alto risco e difícil utilização.
Em 1828, usou-se durante algum tempo o chamado fósforo Prometeu,
que dispunha de um pequeno bulbo de vidro contendo ácido sulfúrico.
Esse bulbo era coberto com clorato de potássio, açúcar, cola e
posteriormente enrolado por um papel. Para acender esse fósforo era
necessário quebrar o bulbo, provocando a formação de uma mistura
incandescente em contato com o ar.
Durou pouco essa invenção perigosa, mesmo porque, já em 1827, o
que poderia ser chamado o verdadeiro precursor dos atuais “fósforos
de segurança” fora inventado por um farmacêutico inglês chamado
John Walker. Tratava-se de palitos gigantes, com comprimento
aproximado a um metro, cobertos com uma mistura de sulfeto de
antimônio, clorato de potássio, amido e cola, que se inflamavam ao
serem atritados em qualquer lugar. Chamavam-se Congreves, uma
homenagem ao foguete Congreve da artilharia
inglesa, utilizado pela primeira vez durante a guerra contra Napoleão
em 1805.
Walker não patenteou sua invenção, o que foi feito por Samuel
Jones, que enriqueceu com a fabricação dos fósforos que chamou
Lúciferes. Estes tiveram grande aceitação entre os fumantes, mas
tinham o grande defeito de exalarem um terrível mau cheiro.
Para evitar esse odor desagradável o químico francês Charles Sauria inventou um fósforo inodoro, contendo fósforo branco, mas muito venenoso e que provocava eventualmente em seus usuários uma doença mortal.
Para evitar esse odor desagradável o químico francês Charles Sauria inventou um fósforo inodoro, contendo fósforo branco, mas muito venenoso e que provocava eventualmente em seus usuários uma doença mortal.
Em 1832 fósforos pequenos foram fabricados na Alemanha, mas ainda
eram muito perigosos uma vez que se inflamavam muito facilmente. Foi
apenas em 1836 que um americano, Alonzo D. Phillips da cidade de
Springfield, no estado de Massachussets, patenteou um tipo de fósforo
que se acendia por fricção e que tinham o nome de locofocos.
Porém foi apenas em 1845 que o sueco Carl Lundstrom patenteou os
primeiros “fósforos de segurança”, com ignição controlada,
manufaturados a partir de fósforo vermelho, e que só se inflamavam
quando friccionados contra uma espécie de lixa colocada do lado de
fora da embalagem.
As cartelas com fósforos foram inventadas em 1889 por Joshua
Pusey, um advogado do estado americano da Pennsylvania. Conta-se que
um certo dia Pusey fora convidado para um jantar de gala pelo
Prefeito de Filadélfia, uma das cidades mais importantes daquele
estado. O Dr. Joshua fumava charutos e ficou bastante envergonhado
quando de dentro de seu elegante dinner-jacket surgiu
a enorme caixa com os fósforos de madeira utilizados àquela época!
E ficou imaginando uma forma mais discreta de dispor dos seus
acendedores de charutos. É claro que mais leves e fáceis de
carregar seriam cabeças de fósforos, colocadas sobre finas fitas de
papelão em substituição aos grandes palitos de madeira. Tendo
patenteado sua invenção em 1889, não teve muito sucesso durante um
período de 8 anos, quando então por um golpe de sorte o sucesso e
os dólares começaram a chover aos milhares… Em 1897, a Mendelsohn
Opera Company estava à procura de uma maneira especial para anunciar
seu espetáculo. As cartelas de fósforos de Pusey foram impressas e
utilizadas como promoção! História ou estória, o fato é que o
distinto advogado americano ficou milionário com os anúncios em
suas cartelas de fósforos, tendo eventualmente vendido a patente ao
fabricante de caixas de fósforos mais conhecido em todo o mundo, a
Diamond Match Company.
Em Portugal, os fósforos eram chamados de “lumes-prontos”,
foram introduzidos no Brasil no final do século XIX, importados da
Suécia, e eram inicialmente conhecidos como “jocopingue” ou
“João-dos-copinhos” corruptelas de sua marca original Jönköping,
cidade aonde eram fabricados.
Abrácidos Exotérmicos;
Prof. Cezário Júnior.
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